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Restaurantes apostam em refeições à sombra de árvores

Em tempos ecologicamente corretos, restaurantes e bares paulistanos apostam em áreas verdes ao redor de suas mesas

Por Filipe Vilicic
Atualizado em 5 dez 2016, 19h25 - Publicado em 18 set 2009, 20h32

A conversa sobre preservação ambiental foi parar na cozinha. Ou quase lá. Em tempos ecologicamente corretos, restaurantes e bares paulistanos apostam em áreas verdes ao redor de suas mesas para chamar freguesia. “Todo mundo gosta de comer no jardim”, afirma o paisagista Gilberto Elkis. Conhecido por ter clientes famosos como a apresentadora Eliana e a atriz Malu Mader, ele conta que nos últimos três anos vem trabalhando para endereços variados da gastronomia – do japonês Kosushi ao contemporâneo D.O.M. “No momento, cuido de três projetos do tipo”, diz. Num giro pela cidade é possível encontrar uma série de locais onde almoçar ou jantar à sombra de árvores já faz parte do programa.

Inteiramente bolado em torno de uma figueira instalada há 81 anos na Rua Haddock Lobo, A Figueira Rubaiyat é o mais célebre deles. A poucos metros dali, três seringueiras funcionam como chamariz do francês Chef Rouge – a mais alta alcançou o 8º andar do prédio vizinho –, que anualmente precisa reformar o teto por causa do crescimento dos galhos e copas. Nos fins de semana, conseguir uma das cinco mesas perto delas demora o dobro da espera por um lugar no salão. “É o pedaço mais concorrido”, conta Vanessa Fiuza, uma das sócias. Sucesso em Trancoso, no litoral baiano, o Capim Santo aposta no verde para recriar o climão de praia por aqui. No terreno onde fica, no Jardim Paulista, há 27 palmeiras, pitangueiras e outras espécies. “Escolhi o lugar justamente por essa floresta”, derrete-se a chef Morena Leite. “Fiquei apaixonada.”

Quando o ponto não vem com vegetação própria, vale improvisar. O Bar D’A Rua, no Itaim, plantou uma jabuticabeira de 6 metros de altura na entrada. “Temos dois seguranças para cuidar dela”, afirma Claudio Carotta, um dos donos, sobre a estrela local, monitorada 24 horas. Também preocupado, Belarmino Iglesias, proprietário do A Figueira, instalou no mês passado duas câmeras para vigiar sua árvore. Será mais um de seus cuidados – o restaurante dispõe de um time coordenado por um biólogo, que analisa a árvore diariamente. Em geral, gastam-se de 2.000 a 5.000 reais mensais com manutenção. E há quem não possa dormir em serviço, como o caseiro Daniel Silva, funcionário do bar Pé de Manga, na Vila Madalena. Sua missão: arrancar semanalmente as quinze frutas, em média, antes que caiam das três mangueiras dali. “Já pensou se uma delas despenca na cabeça de alguém?”, diz Wilson Pimentel, sócio da casa.

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