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Reforma de imóveis atrai investidores e ajuda a revitalizar o centro

Os prédios reformados custam a metade do preço dos novos e contribuem para a melhoria da cidade

Por Giuliana Bergamo
Atualizado em 5 dez 2016, 18h51 - Publicado em 15 abr 2010, 20h26

Finalizado em 1957 pelo paulista Oswaldo Bratke (1907-1997), o edifício de número 416 da Rua Avanhandava, no centro, é considerado um ícone da arquitetura paulistana, assim como dois de outros projetos seus — a mansão de Maria Luisa e Oscar Americano, no Morumbi, e o Viaduto Boa Vista, também no centro. Isso não impediu que, cinco décadas mais tarde, o prédio de oito andares estivesse em estado lastimável. Foi então que os empresários Benjamin Kulikowsky e Henrique Staszewski, donos da Centro Vivo, compraram o imóvel dos herdeiros de Dinah Moraes de Barros, que morreu em 2005. Eles deram uma geral na fachada de traços retos, recuperaram suas pastilhas e trocaram as instalações elétricas. Em apenas dois meses, venderam todos os catorze apartamentos por preços 30% mais altos.

A dupla Kulikowsky e Staszewski reformou vinte edifícios da capital nos últimos cinco anos, filão em que outras empresas passaram a investir. Trata-se do que, no jargão dos arquitetos, se chama retrofit. Consiste em comprar um imóvel em condições ruins, restaurá-lo, vendê-lo e faturar com a valorização de preço. É o que faz Osvaldo Lopes, responsável pela renovação de cinco prédios na região central — a que concentra mais iniciativas do tipo. A intervenção varia conforme o grau de degradação. Em alguns casos, preservam-se apenas as paredes. Mesmo assim, a obra consome, em média, um quarto do que custaria erguer um edifício do zero, fica pronta em cerca de um ano e resulta numa valorização de até 100% do imóvel. No final, tem-se um edifício antigo, mas com cara e estrutura — rede hidráulica e elétrica, abastecimento de gás, elevadores e sistema de segurança — de novo. “Não tenho problema com as instalações das áreas comuns, como em outros lugares onde morei”, afirma o publicitário Rodrigo Olaio, proprietário de um prédio na Vila Mariana recuperado e revendido pela Centro Vivo em 2008. Além de custar a metade do preço de um apartamento novo, o reformado tem como diferencial a melhoria da cidade. “A recuperação de imóveis contribui para a ocupação de áreas com boa estrutura para habitação mas carentes de empreendimentos e colabora com a revitalização de vizinhanças degradadas”, diz o arquiteto Marcio Mazza, integrante da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea).

 

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