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Raves migram para cidades do interior e municípios vizinhos

Prefeitura fecha cerco contra baladas eletrônicas e universitárias

Por Maria Paola de Salvo
Atualizado em 5 dez 2016, 19h28 - Publicado em 18 set 2009, 20h30

O tum-tum-tum de música eletrônica que ecoa nas raves está cada vez mais distante de São Paulo. Desde 2006, quarenta dessas festas a céu aberto estão proibidas pela prefeitura de armar suas estruturas na cidade. “Constatamos que o consumo de drogas e bebidas alcoólicas por menores de idade era comum”, afirma o secretário municipal de Habitação, Orlando de Almeida Filho. Qualquer evento que reúna mais de 5 000 pessoas só poderá ocorrer com a autorização do Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru). “Os organizadores nem se atrevem mais a entrar com o pedido, pois sabem que será negado”, conta Almeida.

Por causa desse entrave, muitas raves migraram para cidades do interior ou municípios vizinhos, como Embu, Taboão da Serra e Cotia. Algumas passaram a ser realizadas em locais fechados. Esse foi o caminho encontrado pela Circuito Produções, empresa que até 2006 organizava pelo menos um evento ao ar livre por mês na capital. Quando a dificuldade para conseguir o alvará aumentou, foi criada a Clash, casa noturna na Barra Funda. Outra saída para burlar o cerco foi rebatizar as raves. Passaram a ser chamadas de festas open air. “Infelizmente, a palavra rave ganhou uma conotação negativa, sinônimo de gente doidona e drogada”, diz a jornalista Gaía Passarelli, fundadora do site https://www.rraurl.com, especializado em música eletrônica.

Baladas universitárias também entraram na mira da prefeitura. “Aumentamos nossas exigências”, afirma o secretário Almeida. “Para esse tipo de festa é necessário o triplo de ambulâncias e o dobro de seguranças que se exigiriam de outro evento com mesmo público.” A secretaria mantém ainda uma equipe de seis estagiários cuja única função é vasculhar jornais, revistas e sites à caça de todas as festas que ocorrem na cidade. Quando não tem alvará, o local é interditado. E o cerco pode se fechar ainda mais. Um projeto do vereador Wadih Mutran que tramita na Câmara Municipal pretende proibir em São Paulo qualquer balada a céu aberto que dure mais de seis horas.

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