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Proteste constata adulteração em sete marcas de azeite

Segundo a entidade, algumas das marcas chegaram a ser consideradas impróprias para consumo in natura

Por Sara Ferrari Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 mar 2017, 10h42 - Publicado em 23 mar 2017, 16h45

Na semana em que os consumidores ainda estão confusos em relação à qualidade da carne brasileira, um novo teste constatou adulteração em diversas marcas de azeite de oliva, algumas consideradas impróprias para consumo in natura. O exame foi feito pela Proteste, organização não-governamental que promove avaliação de vários produtos, inclusive de automóveis, no quesito segurança

De acordo com a entidade, de 24 marcas avaliadas, sete apresentam fraudes por conterem misturas de óleos vegetais e animais. “São produtos não indicados para o consumo, por exemplo, na salada ou no pão”, afirma o diretor da Proteste, Henrique Lian. Uma das marcas não é extravirgem, embora essa informação conste no rótulo.

As marcas adulteradas, segundo a entidade, são Figueira de Foz, Torre de Quintela, Pramesa e Lisboa, todas importadas e boa parte delas envasada no Brasil. Três outras marcas têm liminares da Justiça impedindo a divulgação de seus nomes.

“Não dá para saber se a fraude vem da origem ou se ocorreu no processo de envasamento”, informa Lian. Segundo ele, o teste foi feito em laboratório de Portugal, credenciado pelo Ministério da Agricultura e pelo Conselho Oleícola Internacional (COI). As marcas escolhidas são as mais vendidas no mercado.

Essa é a sexta edição da avaliação. As anteriores ocorreram em 2002, 2007, 2009, 2013 e 2016. Alguns dos produtos, como o Pramesa e o Figueira da Foz são reincidentes na reprovação.

Lian explica que o Ministério da Agricultura já emitiu multas a produtores ou importadores de produtos adulterados, mas os problemas persistem.

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“O Ministério refaz os testes e, muitas vezes, quando confirma o problema e pede a retirada do lote, o produto já foi vendido”, diz o diretor da Proteste.

Avanço

Lian ressalta que houve melhora em relação ao teste de 2016. No ano passado, de vinte marcas avaliadas, oito foram reprovadas, sendo quatro por fraudes na fórmula e quatro classificadas erroneamente, já que eram apenas virgens (e não extravirgem, que é o azeite feito com o esmagamento de azeitonas a frio).

Foram considerados de excelente qualidade os azeites O-live, Andorinha e Carbonell. Na lista de produtos com qualidade e melhor custo benefício estão O-live, Carrefour Portugal, Qualitá e Filippo Berio.

Também foram aprovados no teste os azeites Borges, Cardeal, Cocinero, Gallo, La Española, La Violetera, Taeq, Serrata, Renata e Broto Legal Báltico.

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Em nota, a empresa Olivenza, envasadora do azeite Torre de Quintela, informou que irá “analisar o lote deste produto e verificar o ocorrido”.

A empresa informa ainda já estar trabalhando para que este tipo de imprevisto não ocorra e que vai se adequar à legislação brasileira “a fim de oferecer um produto de qualidade.”

Procurada por VEJA SÃO PAULO, a representante da Figueira de Foz diz que a Proteste não informou o número de lote, validade o local de coleta. Assim, não deu o direito de realizar a contraprova”. A Natural Alimentos, dona da marca Lisboa, afirmou que uma amostra foi enviada para o laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A empresa afirma ainda que já entrou com uma liminar judicial para a retirada do nome da companhia das reportagens.

Representantes do Pramesa, Quinta D’Aldeia e Beirão não foram localizados pela reportagem.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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