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Projeto quer discutir a São Paulo do futuro

Até esta sexta (9), cidadão pode participar do SP2040 dando sugestões de melhorias para a cidade

Por Bruno Machado
Atualizado em 5 dez 2016, 17h33 - Publicado em 5 dez 2011, 15h25

Como será a São Paulo em que você e sua família vão viver daqui a três décadas? Para responder a essa pergunta, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano criou o projeto de consulta pública SP2040.


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Inspirado em iniciativas semelhantes já utilizadas em grandes cidades como Londres, Paris e Hong Kong, a prefeitura começou a desenhar um plano estratégico para a capital paulista ainda em 2007. Nos anos seguintes, foram criadas as primeiras diretrizes e feitos os primeiros contatos com especialistas da USP (Universidade de São Paulo) que, em parceria com uma comissão técnica municipal, ficaram responsáveis pela execução do plano. O objetivo é trazer melhorias significativas para São Paulo num horizonte de 30 anos.

Em 2011, a consulta pública se encerra nesta sexta (9). Durante a última semana, o paulistano pode dizer o que espera da capital por meio de um formulário on-line e através de tendas instaladas em estações de metrô, trens metropolitanos, terminais de ônibus, CEUs e parques. A lista completa de locais pode ser conferida aqui. Até o momento, mais de dez mil pessoas já participaram da consulta.

 Eixos estratégicos e projetos catalisadores

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O SP2040 está estruturado em cinco eixos estratégicos: Oportunidades de Negócios, Desenvolvimento Urbano, Mobilidade e Acessibilidade, Coesão Social e Melhoria Ambiental. Também estão previstos os chamados projetos catalisadores, que acelerarão o cumprimento das metas. Entre eles, destacam-se a Cidade de 30 Minutos, cujo objetivo é fazer com que todos os moradores não demorem mais de meia hora no trajeto entre sua casa e o trabalho, e Parques Urbanos, com a meta de fazer com que todos os paulistanos tenham uma área verde a 15 minutos a pé de casa.

Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, a ideia não é apresentar um plano pronto, mas fazer com que a sociedade participe ativamente da sua elaboração. “Cabe ao cidadão, através do formulário, eleger prioridades para a cidade. Esse mecanismo faz com que a sociedade se aproprie do projeto e não o deixe à mercê das decisões políticas e trocas de cargos públicos.”

Coletadas as respostas, elas serão submetidas à comissão técnica do projeto. As metas que forem julgadas mais urgentes terão um prazo intermediário de concretização, estipulado para 2025. O resultado da participação popular deverá ser apresentado num documento no próximo dia 15.

Para a professora Regina Maria Meyer, da FAU-USP, os resultados de um plano a longo prazo para a cidade de São Paulo só serão visíveis daqui 15 anos. “O estrago começou nos anos 20, e a mudança do padrão do solo será efetiva apenas se começarmos a transformar a legislação imediatamente.” Ela também diz acreditar que a vantagem do planejamento estratégico é justamente a possibilidade de rever as metas, ampliar as ações e se adequar a novas demandas. “Mas é necessário ter metas imediatas, para daqui quatro anos”, observa.

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