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Outras áreas sofrerão se aumento da tarifa for revogado, diz Haddad

Prefeito afirma que congelar ou reduzir o valor significa perder a possibilida de dobrar o sistema hospitalar e diz que não participará de reunião convocada pelo MPL

Por Juliene Moretti
Atualizado em 5 dez 2016, 15h53 - Publicado em 18 jun 2013, 11h34

Após quase cinco horas, terminou em impasse a reunião sobre o aumento da tarifa do transporte público, que reuniu o prefeito Fernando Haddad, o Conselho da Cidade, representantes do Movimento Passe Livre (MPL) e sindicatos. Haddad disse que não participará nesta quarta (19) do encontro convocado por integrantes do MPL, que organizaram os protestos, e reiterou que, se revogar o aumento de R$ 3,00 para R$ 3,20 da tarifa, outras áreas da administração poderão sofrer com a falta de recursos.

Por mais de uma vez, o prefeito Haddad foi questionado por jornalistas sobre a possibilidade de revogar o aumento. Em nenhuma delas confirmou claramente: “Vou mostrar à população que se diminuir [a tarifa], haverá consequências”.

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No início da reunião, o prefeito descreveu como é feita a divisão dos recursos que bancam o transporte público na capital. “Teoricamente, as empresas devem arcar com um terço da tarifa. Um terço é da prefeitura e um terço é do cidadão. Hoje, as empresas pagam 10%. 20% são da prefeitura e 70%, da população. A prefeitura sozinha não consegue arcar. Congelar ou reduzir signfica perder a possibilidade de dobrar o sistema hospitalar”, disse ele.

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A maioria dos integrantes do Conselho da Cidade, órgão consultivo formado por representantes da sociedade civil, se posicionou a favor da revogação do aumento. O prefeito indicou que ia “pensar na demanda”, e estudar a planilha apresentada pelo Secretário dos Transportes, Jilmar Tatto. Segundo o estudo, a prefeitura teria uma dívida de R$ 2,7 bilhões sem o aumento da tarifa em 2013. “Um setor vai ficar descoberto”, disse.

 

Representantes do MPL argumentaram que queriam uma reunião deliberativa e não com o Conselho, que não pode modificar a situação. “Convidamos o prefeito para uma reunião amanhã [quarta], na sede do Sindicado dos Jornalistas. A ideia é discutir o reajuste com pessoas que têm o poder de decisão e não com os conselheiros”, falou Mayara Vivian, estudante de geografia na USP e dirigente do PSOL. José Maria, da Conlutas, engrossou o coro pedindo um encontro com o governo e não com o Conselho. Haddad afirmou que amanhã estará em Brasília.

A discussão continuou acalorada. O vereador petista José Américo afirmou que vai discutir hoje a possibilidade de uma audiência pública sobre o tema na câmara. Quando um repórter da TV Globo perguntou se era a favor da revogação do aumento, Américo ficou nervoso e disse que não lhe cabia dar opinião _o que foi seguido de gritos para que saísse do muro. O ex-jogador Raí, que também participou do encontro, por sua vez, aconselhou um plebiscito.

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O prefeito garatiu que apresentaria a planilha de custos que compõe a passagem. Uma das representantes do MPL, Mariana Toledo disse que dificilmente esta demostração mudari a a bandeira das manifestações. “Quem passa esses valores de custos são as empresas. Quem garante que valores que estão passando são reais?”, questionou Mariana, para quem a equação da prefeitura atende aos interesses de empresários do setor. 

 

 

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