Polícia Federal desiste de greve às vésperas das eleições
A presidente Dilma Rousseff enviou dois homens fortes do governo para negociar com os agentes
Com uma greve de 72 horas marcada para esta quarta-feira (22), a Polícia Federal (PF) desistiu de cruzar os braços após a intervenção de dois homens fortes – um ministro e um secretário-executivo – da presidente Dilma Rousseff (PT). Eles não anunciaram uma nova data para a paralisação. A análise do Palácio do Planalto é que uma greve da categoria seria catastrófica para o pleito de domingo (26), quando Dilma concorrerá à reeleição contra Aécio Neves (PSDB).
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Depois da conversa com o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, e com o secretário-executivo da Casa Civil, Valdir Simão, a Federação Nacional da Polícia Federal (Fenapef) decidiu “dar um voto de confiança” ao governo, que já teria estabelecido “um compromisso para solucionar a crise na Polícia Federal”, segundo a nota do sindicato. Uma videoconferência feita na tarça-feira (21) com todas as centrais estaduais permitiu que fosse batido o martelo pelo acordo.
Ainda segundo a Fenapef, a paralisação seria feita contra a Medida Provisória (MP) 657/14, que estabelece novas diretrizes para a carreira de policial federal. Entre outras coisas, determina que o cargo de delegado da PF só possa ser exercido por quem tem pelo menos três anos de atividade jurídica ou policial.
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