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Metade das pistas de skate na capital tem problemas de manutenção

São Paulo reúne 380.000 praticantes. Nos últimos dez anos, o número de espaços do tipo mais que dobrou na capital

Por Juliana Borges
Atualizado em 5 dez 2016, 17h35 - Publicado em 25 nov 2011, 20h40

Desde que o Parque da Juventude foi instalado onde antes ficava a Casa de Detenção do Carandiru, em 2003, um dos lugares mais frequentados em seus 240.000 metros quadrados era a pista de skate. No mês passado, os enormes buracos que se abriram na superfície devido à falta de manutenção adequada levaram o governo estadual, responsável pela administração da área, a interditar o local para uma reforma por tempo indeterminado. “Por que fechá-la bem no período de férias, justamente quando ela é mais utilizada?”, pergunta o bombeiro Emerson de Sousa Karagulian, de 27 anos, um dos mais assíduos no pedaço.

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A reclamação sobre problemas como a ação tardia e sem prazo para arrumar defeitos não é algo isolado entre os que costumam deslizar pela cidade na prancha sobre rodinhas. Nos cálculos da Confederação Brasileira de Skate (CBSk), metade das 75 pistas em lugares públicos da capital precisa passar por uma reforma ou ganhar manutenção permanente. Dois exemplos são as localizadas na Praça João Boldo, em Pirituba, na Zona Norte, e no Parque Linear do Sapé, no Butantã, na Zona Oeste. Em alguns casos, porém, não se trata apenas de conservação. O circuito na favela de Heliópolis, por exemplo, tem os ângulos tão fechados que o mais experiente dos esportistas não consegue realizar manobras sem risco de acidente.

Nos últimos dez anos, o número de espaços do tipo mais que dobrou na capital. Somadas às 25 pistas particulares (em clubes, especialmente), há cerca de 100 opções para a prática da atividade na metrópole. “Não conheço uma cidade no mundo que tenha tanta oferta”, diz Ed Scander, diretor esportivo da CBSk. Segundo cálculos da entidade, São Paulo reúne 380.000 praticantes do esporte. “Hoje, o skate é a segunda modalidade preferida pelos jovens, atrás apenas do futebol”, diz Thiago Logo, diretor da coordenação de esportes radicais da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação. Depois de se investir tanto dinheiro para agradar a esse público, faltou fazer a lição de casa: cuidar direito do patrimônio. Agora, a prefeitura promete gastar 250.000 reais nos próximos meses na recuperação dos pontos.

O CIRCUITO DO DESCASO

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Parque da JuventudeUma das pistas mais frequentadas da cidade, em Santana, foi fechada em outubro por causa das crateras na superfície.

Parque Fontes do Ipiranga

O asfalto da pista, construída sobre região pantanosa e sem escoamento adequado, está esburacado e deformado.

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Pista Anália Franco

Perto do shopping homônimo, na Zona Leste, está cheia de lixo e buracos. Os obstáculos mal projetados também a tornam pouco atraente.


CEU Campo Limpo

Uma das melhores da cidade, a pista foi interditada em 2009, devido às rachaduras no piso. A reinauguração do espaço está prometida para o ano que vem.

 

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