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Peças e espetáculos de dança aliam qualidade e público

Dificuldades como captação de recursos reúne empresas, governo e até embaixadas

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 19h03 - Publicado em 10 dez 2009, 13h50

Um espetáculo pode levar uma década para chegar a um palco perto de você. A temporada do Théâtre du Soleil em outubro de 2007 no Sesc Belenzinho é um exemplo. O diretor regional do Sesc, Danilo Santos de Miranda, foi a Paris quatro vezes para conversar com a diretora da companhia francesa, Ariane Mnouchkine, e viabilizar a vinda da equipe de sessenta pessoas. Trouxe o Les Éphémères em um pacote que custou 2 milhões de reais (um quarto desse valor bancado pelo Sesc) e incluiu apresentações em Porto Alegre e Buenos Aires. Mesmo em montagens menores, como Quartett, dirigida pelo americano Robert Wilson e protagonizada pela francesa Isabelle Huppert, um investimento conjunto é necessário, como apoio financeiro da embaixada e do governo local. Miranda acompanha todos os passos e dá a canetada final na grade das quinze unidades do Sesc na Grande São Paulo. Sua mesa vive repleta de projetos, CDs, livros, pastas… “À medida que há uma dificuldade no mercado para levantar produções, aumentam os pedidos ao Sesc”, afirma ele.

Atualmente no comando dos teatros Raul Cortez e Renaissance, o casal Mario Martini e Claudia Andrade investe em espetáculos de maior apelo público. “O interesse comercial é importante, claro, mas primamos principalmente pela qualidade da produção”, assegura Claudia. Bibi Ferreira, Raul Cortez, Juca de Oliveira, Paulo Autran, Nicette Bruno e Paulo Goulart passaram por lá. Quem faltaria? “Fernanda Montenegro!”, afirma a dupla. Esse desejo pode ser concretizado em 2010, com a possibilidade de a atriz trazer o monólogo Viver sem Tempos Mortos no segundo semestre.

 

Inaugurado em 1998, o Teatro Alfa se transformou em referência para a dança. Com uma programação definida pelo gerente técnico operacional Fernando Guimarães, pela superintendente Elizabeth Machado e pelo consultor João Carlos Couto, a casa recebe grupos nacionais e estrangeiros. A companhia Tanztheater Wuppertal, de Pina Bausch, uma das mais expressivas do mundo, se apresentou por lá nas quatro vezes em que esteve na capital desde 2000. “Hoje, as negociações duram, no mínimo, oito meses”, conta Guimarães. “Em alguns casos, como o do Ballet de l’Opéra de Lyon, podem levar mais de três anos e consomem entre 500 000 e 700 000 reais.” A temporada de 2010 trará os japoneses do Sankai Juku e o Cloud Gate Dance Theatre, de Taiwan, além do Ballet Grand Théâtre de Genève, da Suíça.

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