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Operações na Cracolândia prenderam 161 pessoas desde maio

Do total de prisões, 101 ocorreram em flagrante e 43 pessoas já tinham o mandado decretado

Por Estadão Conteúdo
27 jun 2017, 10h25

Desde 21 de maio, as operações policiais realizadas na região da Cracolândia resultaram na prisão ou apreensão de 161 pessoas -sendo dezessete adolescentes – , segundo o secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho. De acordo com ele, todos os envolvidos respondem por tráfico ou crimes correlatos. Do total de prisões, 101 ocorreram em flagrante e 43 pessoas já tinham o mandado decretado.

Ainda segundo o secretário, dos 69 mandados de prisão emitidos no dia 21 de maio, 43 foram cumpridos pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). Além disso, foram apreendidos 260 quilos de drogas, a maioria de cocaína (utilizada na produção do crack), além de treze armas de fogo, 615 munições, 106 facas, 131 celulares, 76 balanças e dinheiro equivalente a quase 100 000 reais.

As informações foram divulgadas durante coletiva de imprensa do projeto Redenção, realizado pela Prefeitura na Cracolândia, região central. O evento ocorreu na manhã desta segunda-feira (26), na Prefeitura de São Paulo, também no centro da cidade.

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Na ocasião, o secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Filipe Sabará, apontou que o tráfico e o consumo de drogas nas proximidades da Cracolândia reduziu para um terço do que era registrado em janeiro de 2017, quando até 1 800 dependentes químicos se reuniam na região da Alameda Dino Bueno com a Rua Helvétia. Hoje, segundo ele, o número de pessoas oscila entre 300 e 600 desde que o fluxo migrou para a Alameda Cleveland no dia 21 de junho – após permanecer por um mês na Praça Princesa Isabel, também na região da Luz.

Segundo o prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), as ações na região tiveram resultados “concretos e efetivos”. “Não estou dizendo que nós terminamos com os usuários do crack em São Paulo mas houve uma redução, assim como houve uma redução de traficantes”, afirmou. “O que se tem ali é uma concentração de usuários e uma tentativa frustrada do PCC, a facção criminosa que domina essa área, de reimplantar a Cracolândia. Mas eles não vão conseguir. Não há a menor hipótese, de reconquistar aqueles prédios, nem mesmo de colocar barracas”, declarou o prefeito, que ressaltou que os hotéis da localidade eram utilizados também como cativeiros de sequestradores.

Em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, a Prefeitura de São Paulo está desenvolvendo um sistema eletrônico de acompanhamento de usuários de drogas atendidos em unidades do município. Cada prontuário eletrônico vai reunir informações básicas, como nome, idade, histórico de atendimentos e contatos de familiares, coletados a partir de abordagens de agentes sociais ou de saúde.

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Até a semana passada, a Prefeitura realizou 12 549 atendimentos e 14 327 abordagens com encaminhamento socioassistencial na unidade emergencial Atende 1, implantada em contêineres instalados na Rua General Couto de Magalhães, na região central. Na próxima quinta-feira, 29, deve ser lançada uma segunda unidade do Atende na Praça Júlio Prestes, enquanto uma terceira deve ser inaugurada até 10 de julho, também na região central. Todas contam com dormitórios, banheiros e áreas de lazer e atendimento.

Também segundo o Município, 7 500 atendimentos foram realizados pela secretaria municipal de Saúde desde 21 de maio, mesmo período em que o número de internações voluntárias chegou a 616. Já o programa Recomeço, do Estado de São Paulo, chegou a 7 243 atendimentos no mesmo período, com 619 encaminhamentos para internação e tratamento em leitos hospitalares e comunidades terapêuticas.

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Com coordenação da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, a Prefeitura também lançou nesta segunda-feira (26) o projeto Mães da Luz. O programa vai dar atendimento e orientação a familiares de usuários de drogas, além de auxiliá-los nas buscas por familiares com dependência química.

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