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Onde comprar: galerias de arte

Veja dicas para apreciar as mais de sessenta galerias espalhadas por São Paulo

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 19h23 - Publicado em 18 set 2009, 20h34

As fachadas intimidam e em alguns casos é necessário tocar a campainha para entrar. Uma vez lá dentro, o visitante pode apreciar a mercadoria quanto tempo quiser, perguntar seu preço, de que material é feita, quem a criou e assim por diante, sem, no entanto, se sentir obrigado a adquiri-la. À exceção de uma ou outra particularidade, galerias de arte são lojas comerciais como outra qualquer. Há produtos expostos, interessados em vendê-los (um galerista ou um marchand) e clientes em potencial. Como a maioria do público que circula nesses endereços é de apreciadores e não de compradores, dificilmente você se verá diante de um vendedor insistente. Normalmente há uma lista de preços que é possível pedir sem constrangimento. Para um iniciante, portanto, freqüentar as boas casas do ramo pode ser de grande valia, além de um programa prazeroso. Variedade de técnicas e estilos é o que não falta. “São Paulo tem sessenta galerias, a maior concentração do Hemisfério Sul”, afirma o crítico de arte Celso Fioravante, que desde 2002 edita o Mapa das Artes. A publicação é literalmente um mapa distribuído gratuitamente em galerias e escritórios de arte – estes são acervos fechados ao público visitante e têm como alvo os colecionadores escolados. Integrante da turma que já sabe o que comprar, a empresária e colecionadora Fernanda Feitosa criou a SP Arte, feira anual de negócios aberta ao público já em sua terceira edição. Compras vultosas são realizadas ali, mas não se perde o foco no principiante. “Um galerista vendeu trabalhos para onze compradores que ele nunca tinha visto antes”, conta Fernanda. Além da feira anual, há outras iniciativas permanentes e ideais para a estréia nesse universo. É o caso dos clubes de colecionadores de gravura e fotografia mantidos pelo Museu de Arte Moderna. Associar-se por um ano a um deles significa desembolsar entre 1 980 reais (fotografia) e 2 970 reais (gravura) para receber trabalhos de cinco artistas. Mas nada substitui o prazer de bater perna nas galerias da capital que negociam uma arte, digamos, já conceituada no mercado. Uma das vantagens de percorrê-las está em criar um termo de comparação. Em vez de pagar, por exemplo, 1 000 reais por uma pintura de um signatário anônimo vendida em feiras de artesanato, o colecionador de primeira viagem tem a opção de, em espaços tarimbados, investir o mesmo valor numa gravura ou num desenho de um artista já consagrado. Essa decisão, claro, não dispensa uma dose de prudência antes da compra. “Não esqueça que galerias representam um time de artistas, e seu interesse é vendê-los”, lembra o leiloeiro James Lisboa. Ele aconselha ao iniciante não se deixar levar pelo impulso e escolher antes a corrente estética, se figurativa ou abstrata, que quer dentro de casa. “Afinal, pode-se passar o resto da vida olhando para aquela tela pendurada na parede.” Um nicho atraente são as moldurarias, que, em meio a centenas de pôsteres decorativos e reproduções, guardam obras de edições limitadas de nomes badalados. É um bom local também para lembrar que a aquisição de uma obra de parede dificilmente dispensará uma moldura – sim, a peça arrematada na galeria em geral sai de lá sem a proteção. Portanto, inclua no orçamento um gasto que pode variar de 85 a 140 reais para emoldurar uma gravura de 60 por 80 centímetros, dependendo do processo escolhido: tipo “uma hora” ou na forma artesanal.

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