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‘Olhos Azuis’, de José Joffily, mistura dois tempos e locais distintos

Indicado a seis prêmios no Festival de Paulínia de 2009, longa fala sobre o passado e presente de um fiscal da imigração americana

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 18h46 - Publicado em 29 Maio 2010, 00h04

Não deve ter sido tarefa fácil para o júri do Festival de Paulínia de 2009 escolher entre o fofo ‘Antes que o Mundo Acabe’ e o criativo drama ‘Olhos Azuis’. O primeiro, ainda inédito nas salas paulistanas, faturou cinco prêmios, incluindo o de direção para Ana Luisa Azevedo. O segundo, que entra em cartaz em oito salas, foi laureado nas categorias melhor filme, roteiro, atriz (Cristina Lago), ator coadjuvante (Irandhir Santos), montagem e som. Paraibano radicado no Rio de Janeiro, José Joffily, de 64 anos, faz de ‘Olhos Azuis’ o melhor e mais redondo longa-metragem desde sua estreia na direção, em 1985.

A história é dividida em dois tempos e locais distintos. No passado, Marshall (o ator americano David Rasche) cumpre seu último dia na função de fiscal da polícia de imigração num aeroporto dos Estados Unidos. Prestes a se aposentar, ele decide tornar torturante o processo de entrada de alguns passageiros naquele país. Na fila para uma entrevista, há um modesto empresário nordestino (papel de Irandhir Santos), um casal de poetas argentinos, uma dançarina cubana e um grupo de lutadores hondurenhos. A narrativa no presente começa ambientada no Recife, onde Marshall pede a ajuda de uma garota de programa (Cristina Lago) para descobrir o paradeiro de uma menina. Sabe-se de antemão que as duas tramas, ambas nervosas, vão convergir para um desfecho dramático.

Joffily diz ter se inspirado na experiência pessoal de um amigo, encrencado na alfândega de Nova York e deportado de lá, para dar forma ao argumento. Embora o diretor carregue propositadamente nas tintas e a trama se revele artificial em alguns momentos, a discussão sobre intolerância racial e outros preconceitos se mostra oportuna. Até mesmo a redenção do protagonista em solo brasileiro, algo capaz de soar déjà vu, ganha contornos convincentes pelas atuações de Rasche e Cristina.

AVALIAÇÃO ✪✪✪

 

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