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Ocupação acaba em apenas parte das escolas e atos estão mantidos

De acordo com balanço da Secretaria da Educação, há cerca de 150 colégio ocupados no estado

Por Veja São Paulo - com Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 11h49 - Publicado em 8 dez 2015, 11h38

Três dias depois de o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciar a suspensão da reorganização escolar, 42 colégios foram desocupados pelos estudantes – o movimento chegou a ter 196 unidades tomadas. Na segunda (7), porém, estudantes promoveram dois protestos, com bloqueio de rua e estrada, e houve shows em apoio às escolas ainda ocupadas.

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De acordo com a Secretaria da Educação do Estado, o número de escolas tomadas por alunos passou de 188, na manhã de segunda, para 154 no fim da tarde. Na sexta, dia em que Alckmin publicou o ato que revogou a reorganização da rede, o número havia chegado a 196. Na Escola Estadual Gavião Peixoto, em Perus, Zona Norte, os alunos decidiram que vão deixar a unidade nesta terça (8), depois de terem recebido o apoio de artistas que fizeram shows no colégio na tarde de segunda.

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“Esses shows mostram que nossa luta não acaba aqui, nós vamos desocupar a escola, mas continuamos batalhando. Não queremos prejudicar os outros alunos, por isso, vamos sair. Mas saímos com a cabeça levantada e o apoio popular”, disse Vanessa Alves da Silva, de 16 anos, aluna da Gavião Peixoto.

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Vai-e-vem dos estudantes

O movimento estudantil tem provocado críticas por recuos em suas reinvindicações. Em audiência de conciliação realizada há cerca de duas semanas, em prédio do Tribunal de Justiça do Estado, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo apresentou, com uma das condições para desocupar os prédios, o pedido de adiar por um ano a reorganização (também queriam que nenhum colégio fosse fechado). Os alunos presentes (por volta de cem) aplaudiram a ideia. Na sexta-feira, após o governo anunciar a suspensão da reorganização em 2016, militantes decidiram que só sairiam das instituições após a publicação da medida no Diário Oficial. isso aconteceu no dia seguinte, mas a maioria dos prédios seguiu tomada.

O movimento, porém, nunca foi homogêneo em suas reivindicações. Não há líder, porta-vozes ou manifesto oficial.

A resistência dos alunos tem provocado críticas nas ruas. Na segunda, cinquenta estudantes das escolas Fernão Dias e Godofredo Furtado bloquearam o cruzamento das Avenidas Rebouças e Faria Lima, em Pinheiros, na Zona Oeste. Durante a manifestação, motoristas e moradores se opuseram aos protestos.

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Dois homens que não se identificaram saíram de seus carros para discutir com os manifestantes. Um deles deu um soco na boca de uma aluna. Outro tentou empurrar os estudantes, mas os manifestantes evitaram mais confrontos. Mais à frente, na Rua Teodoro Sampaio, um ovo foi atirado de um prédio nos manifestantes. De manhã, manifestantes bloquearam a Rodovia Raposo Tavares, sentido capital, por quase 5h.

Os alunos que participaram dos atos dizem que querem o cancelamento da reorganização – e não a suspensão da medida, como anunciou Alckmin, que prometeu ainda discutir a proposta no próximo ano.

Eles, no entanto, não chegam a consenso sobre a continuidade das ocupações. A presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Camila Lanes, disse respeitar a autonomia dos jovens. “A Ubes se posiciona a favor das ocupações e respeita a autonomia e responsabilidade de cada estudante que ocupou sua escola a definir a data para sair.”

Interior

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Em Sorocaba, os alunos desocuparam a Diretoria Regional de Ensino da cidade e três escolas. Apenas a Escola Estadual Senador Vergueiro permanece tomada, mas os estudantes informaram que devem deixar o prédio nesta terça-feira, 8, após a apresentação de uma peça. 

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