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O possante de Oscar Schmidt

Ex-jogador não esquece a Brasília vinho que ganhou de presente por seu desempenho em quadra

Por Nathalia Zaccaro
Atualizado em 5 dez 2016, 17h34 - Publicado em 2 dez 2011, 23h50

“Cheguei a São Paulo em 1974, para jogar no time de basquete do Palmeiras. Na época, morava com mais oito jogadores em uma república de atletas no bairro da Pompeia, na Zona Oeste. Após duas temporadas defendendo a equipe, completei 18 anos. Fui tirar a carteira de motorista, mas não tinha dinheiro para bancar um automóvel. Todo mundo no clube sabia que eu era meio queridinho do patrocinador do time, o doutor João Marino.

Eu atuava bem, era dedicado e ele sempre me apoiou e investiu na minha carreira. Acabou se tornando um segundo pai para mim aqui na cidade. Alguns meses depois do aniversário, para minha surpresa, meu técnico na época, o Cláudio Mortari, me levou a uma concessionária para escolher uma ‘caranga’. Isso representou um prêmio do Marino pelo meu desempenho em quadra. Fiquei muito feliz e, na hora, decidi por uma Brasília vinho zero-quilômetro. Depois desse dia, virou uma festa. Eu era o único motorizado da turma, dava carona a todo mundo. Mas quem mais aproveitou foi minha mulher, Cristina. A gente namorava havia um ano e achávamos o máximo passear no veículo. Quase todo fim de semana íamos à Praça Pôr do Sol, no Alto de Pinheiros. Quando o tempo estava bom, o destino era o Guarujá.

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Naquela época, eu ganhava pouco, só o suficiente para me manter. Apesar do sufoco, dava para investir em algum equipamento para o automóvel. Eu tinha um toca-fitas, comprado na Galeria Pagé, no centro, e ‘rodas gaúchas’ (de liga), que eram moda na época. De vez em quando, precisava deixá-lo na garagem, porque não dava para colocar gasolina no tanque. Depois de uns dois anos desfilando pela cidade, acabei me envolvendo num acidente de trânsito por bobagem, coisa de iniciante. Em vez de brecar, acelerei e acertei outro motorista em um cruzamento perto da Avenida Pompeia. Imagine a tristeza… Mandei consertar a lataria e acabei vendendo para uma concessionária. A essa altura, já ganhava um pouco melhor e pude comprar o segundo carro. Gostava tanto do primeiro que optei por outra Brasília. Mas dessa vez preferi abrir mão da cor vinho e levei uma bege.”

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