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My Fair Lady: musical estreia em São Paulo

Clássico sobre a florista transformada em moça fina engrossa cardápio de espetáculos

Por Mônica Santos
Atualizado em 5 dez 2016, 19h22 - Publicado em 18 set 2009, 20h34

Quando se abrirem as cortinas do Teatro Alfa, na próxima sexta-feira (9), o circuito teatral da cidade passará a ter três megamusicais em cartaz. Com orçamento inicial de 4 milhões de reais – outros 8 milhões serão necessários para manter os sete meses da prevista temporada –, My Fair Lady chega para engrossar a afinada e bem-sucedida cantoria nos palcos, ao lado de O Fantasma da Ópera e Sweet Charity. Juntas, essas duas montagens já atraíram 865.000 espectadores. Para a alegria dos fãs do gênero, estão a caminho mais duas grandes produções: Peter Pan, com sessões prometidas para junho, e Miss Saigon, que substitui o Fantasma a partir de julho. Adaptação do americano Alan Jay Lerner para a peça Pigmaleão – uma refinada comédia sobre o machismo e a hipocrisia social inglesa escrita pelo irlandês Bernard Shaw –, My Fair Lady acompanha o empenho do arrogante professor Higgins em transformar a vendedora de flores Eliza Doolittle numa dama da sociedade. Para isso, garante ele, basta levar a mocinha a trocar o cockney (sotaque da periferia londrina) pelo inglês culto, ensinar-lhe boas maneiras e vesti-la com belas roupas. Considerada um dos primeiros fenômenos da Broadway, a peça estreou em 1956 com Julie Andrews e Rex Harrison no elenco. Ficou seis anos em cartaz e ganhou várias outras montagens nas últimas décadas. Com Audrey Hepburn no lugar de Julie Andrews, a versão cinematográfica, de 1964, faturou oito Oscar. A história do teatro brasileiro também registra uma exitosa produção de My Fair Lady. Foi em 1962, no antigo Paramount, hoje Teatro Abril, com Bibi Ferreira e Paulo Autran. Os cenários, os figurinos e o diretor eram americanos, enquanto o texto se baseava numa versão argentina. “A dificuldade maior era fazer em português os exercícios de prosódia tão essenciais para o humor da peça”, lembra Autran, que a toque de caixa tratou de melhorar a tradução. Na montagem que estréia nesta semana, o desafio lingüístico será levado por Daniel Boaventura e Amanda Acosta. Ele foi convidado para o papel graças a elogiados desempenhos em espetáculos como Vítor ou Vitória, A Bela e a Fera e Chicago. Já Amanda, que cantou no antigo grupo Trem da Alegria, enfrentou o árduo teste que atraiu 1800 candidatos e selecionou, além dela, outros 34 atores e dezenove músicos. “Graças aos grandes musicais montados na cidade na última década, agora temos um excelente time de profissionais à disposição”, diz o diretor Jorge Takla. Embora não seja obrigado por contrato a seguir ao pé da letra a eficiente cartilha dos musicais americanos, como no caso de O Fantasma da Ópera, ele manteve-se fiel à carpintaria do gênero. Na ficha técnica, há alguns nomes de peso: Daniela Thomas assina os oito cenários; Claudio Botelho, especialista em versões do teatro musicado, traduziu as canções para o português; e Fábio Namatame criou cada uma das cerca de 1500 peças do figurino. Só trajes são mais de 300, incluindo um vestido bordado com 3.000 cristais Swarovski e que pesa 7 quilos. É com ele que Amanda, no papel da desajeitada Eliza Doolittle, coloca à prova a divertida e envolvente teoria do professor Higgins. MY FAIR LADY (150min, com intervalo). Teatro Alfa (1 122 lugares). Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, Santo Amaro, 5693-4000. Quinta e sexta, 21h; sábado, 17h e 21h; domingo, 16h e 20h. R$ 40,00 a R$ 140,00 (dom., 20h); R$ 50,00 a R$ 160,00 (qui. e sex.); R$ 60,00 a R$ 185,00 (sáb., 17h e 21h, e dom., 16h). Bilheteria: 11h/19h (seg. a qua.); a partir das 11h (qui. a dom.). Cc.: todos. Cd.: V. Televendas: Alfa ( tel: 0300 7893377), Show Tickets (tel:3031-2098 e 3811-9874), FP, IC, IR. Estac. (R$ 7,00; c/manobr., R$ 14,00). https://www.teatroalfa.com.br. Estréia prometida para sexta (9).

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