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Polícia investiga se advogada participou das mortes do zelador e do ex-marido

O atual companheiro de Ieda confessou ter esquartejado Jezi Sousa em São Paulo no dia 30 de maio; arma encontrada passa por perícia para verificar se há relação com crime que ocorreu no Rio de Janeiro em 2005

Por Nataly Costa
Atualizado em 1 jun 2017, 17h20 - Publicado em 4 jun 2014, 21h44

Além de analisar uma bota para investigar uma possível participação de Ieda Cristina Cardoso da Silva Martins com a morte do zelador Jezi Lopes de Sousa na Zona Norte na última sexta-feira (30), a Polícia Civil avalia se a advogada tem relação com o assassinato de seu ex-marido no Rio de Janeiro. O crime ocorreu em 2005.

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O revólver calibre 38 encontrado na mochila do atual marido de Ieda, o publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins – réu confesso do esquartejamento de Sousa -, chamou a atenção dos policiais do Rio, que reabriram o caso. A arma passará por perícia para verificar se é a mesma que foi utilizada para matar o ex-companheiro de Ieda, José Jair Faria. 

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Em depoimento no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (4), as filhas de Faria acusaram a advogada de sumir com 100 000 reais na época do crime. 

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Também nesta quarta-feira (4), a Polícia Científica esteve novamente no prédio da Rua Zanzibar, na Zona Norte, onde o crime em São Paulo aconteceu. No imóvel, foram encontrados em uma bota de Ieda indícios de que ela pode ter pisado no sangue do zelador. Agora, um teste mais apurado verificará se é sangue ou um produto como alvejante ou detergente. Ainda no apartamento, os policiais acharam um silenciador para ser acoplado em armas.

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Ieda teve a prisão temporária revogada pelo juiz Rodrigo Tellini, da 2ª Vara do Júri do Fórum de Santana, a pedido da defesa. Ela foi solta no fim da noite de terça-feira (3).

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Vizinhos

Na portaria do prédio no bairro Casa Verde, o movimento segue grande. A maioria dos moradores tenta evitar o assunto, mas muitos continuam sem entender o crime. “Ele (Eduardo) era do tipo estressado, nervosinho. O seu Jezi era uma pessoa doce e prestativa com todo mundo”, disse a dona de casa Maria Osório, que vive no Edifício Oklahoma há vinte anos. O publicitário morava lá há dez; o zelador, há cinco.

Maria contou que o maior motivo de brigas entre Eduardo e Jezi era a garagem. No estacionamento do prédio, os veículos param em fila. Com isso, o carro de trás precisa estar sempre com o freio de mão desengatado para não prender o da frente. “Mas o Eduardo parece que esquecia. A tarefa do Jezi era ligar para ele e pedir para descer e soltar o carro. O morador sempre reclamava e a confusão começava.”

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Moradora da casa ao lado do prédio, a aposentada Júlia Silva, de 79 anos, visitou na tarde desta quarta-feira (4) Maria Sousa, viúva do zelador, que permanece no prédio. “Ela está meio dopada, já tomava tranquilizantes, agora então…”, conta. “É uma família esforçada, exemplar. A Maria vem sempre fazer faxina na minha casa. Seu Jezi era um pai dedicado, ia buscar a Sheyla (filha) no ponto de ônibus. No dia que ele não foi, ela foi assaltada”.

Jezi Lopes de Souza - zelador desaparecido
Jezi Lopes de Souza – zelador desaparecido ()

A filha do zelador, a supervisora Sheyla Viana de Souza, de 27 anos, esteve em Santos nesta quarta-feira para tentar liberar o corpo do pai. Mas isso só será possível após a realização do teste de DNA feito pela pelo Instituto Médico Legal (IML).

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O caso

A morte de Jezi Lopes de Sousa aconteceu na última sexta-feira (30) na Rua Zanzibar, na Casa Verde, Zona Norte da capital. As câmeras de segurança do elevador do Edifício Oklahoma mostram o zelador chegando ao 11º andar com correspondências na mão por volta das 15h30. Depois disso, ele não é mais visto no prédio.

Com a ajuda de amigos e familiares, a supervisora Sheyla Viana de Souza, de 27 anos, procurou o pai no edifício, mas não encontrou. Dessa forma, chamou a polícia. Uma moradora escutou uma discussão por volta das 15h30, mesmo horário do desaparecimento.

Ela informou ainda que um dos moradores do 11º andar não tinha um bom relacionamento com Sousa. Por volta das 17h de sexta, o publicitário e a mulher foram flagrados pelo circuito interno arrastando uma mala e um saco plástico até o carro.

Martins foi preso em flagrante na casa do pai, no bairro Balneário Maracanã, em Praia Grande, na segunda-feira (2). Ele já tinha queimado na churrasqueira tronco, cabeça e pernas do zelador. Outras partes do corpo estavam em sacos plásticos espalhados pela residência. Já a mulher dele, a advogada Ieda Cristina Cardoso da Silva Martins 42 anos, foi detida em São Paulo.

Para a polícia, Martins confessou o crime e disse que a mulher não participou. Ela teve a prisão temporária revogada pelo juiz Rodrigo Tellini, da 2ª Vara do Júri do Fórum de Santana, e foi solta no final da noite dessa terça-feira (3). 

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