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Pai agrediu e estrangulou Sophia, aponta laudo

Ricardo Najjar, de 23 anos, foi indiciado por homicídio doloso pela morte da filha de 4 anos. Em carta, familiares dizem estar profudamente tristes 

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 11h47 - Publicado em 16 dez 2015, 12h42

Laudos do Instituto Médico Legal (IML) mostram que a menina Sophia, de 4 anos, foi agredida e morta por estrangulamento. Os exames, no entanto, descartaram abuso sexual. 

O pai da menina, Ricardo Najjar, de 23 anos, foi indiciado por homicídio doloso qualificado, quando há intenção de matar. Ele nega as acusações de que tenha matado a criança e diz que a morte foi acidental.

Em carta, familiares da mãe de Sophia afirmam estar em profunda tristeza e “sofrendo muito pela falta que sua presença nos faz” (confira íntegra abaixo). 

Morte de menina sufocada com saco plástico intriga polícia

Sophia foi encontrada morta no último dia 2 de dezembro no apartamento do pai, no Jabaquara (Zona Sul). Ela estava com uma sacola plástica na cabeça. 

Durante seu depoimento à polícia, Najjar afirmou que deixou a menina sozinha por dez minutos enquanto tomava banho. Ao voltar, encontrou Sophia caída e com uma sacola plástica na cabeça.

Na investigação foram encontradas ligações de Ricardo para o pai, para a namorada e somente depois para o Samu. Ele contou ainda ter feito massagens cardíacas para tentar reanimar a garota. 

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Ana Paula Rodrigues, delegada titular da Delegacia da Criança e do Adolescente, afirmou que havia ferimentos em várias partes do corpo de Sophia. “O tímpano esquerdo foi rompido e havia lesões na gengiva. Também havia cerca de 20 hematomas em outras partes do corpo”, afirmou a delegada. “A morte foi causada por asfixia mecânica [estrangulamento].”

A delegada também afirmou que seria impossível a menina morrer asfixiada pela sacola plástica. “O material é grande para a cabeça da menina e ela, com a idade que tinha, conseguiria retirar a sacola da cabeça ou gritar por ajuda.”

Em depoimento à polícia, a mãe de Sophia, que não teve o nome divulgado, afirmou que Najjar é um sujeito infantilizado e que não gosta de ser contrariado. “Em seus acessos de fúria, ele esmurrava paredes, batia a cabeça na parede e atirava objetos”, contou. 

A reportagem de VEJA SÃO PAULO não conseguiu contato com o advogado do pai.

Confira a íntegra da carta dos familiares da mãe de Sophia:

“Em virtude da insólita crueldade a qual nossa amada Sophia foi submetida, estamos todos em profunda tristeza e sofrendo muito pela falta que sua presença nos faz.

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Infelizmente, nada restituirá sua vida, mas buscamos o consolo do Espírito Santo e confiamos na justiça dos homens e de Deus. 

Agredecemos a todas as pessoas que nos prestaram solidariedade nos apoiaram no momento mais difícil das nossas vidas. 

Desejamos que nenhuma criança e família passe por esse infortúnio. Mas, sim, que todas as crianças sejam tratadas com muito amor, carinmho, proteção e respeito aos seus direitos. 

Apesar da impiedosa realidade, nossa família encontra-se aliviada diante do trabalho prestado pela Polícia Civil, em especial ao Departamento de Homicídios, que, com exímio profissionalismo, esclareceu os fatos acerca da sua morte e tomou as providências necessárias para responsabilizar o autor do crime. “

 

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