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Moradores do Jardim Europa fazem abaixo-assinado contra o MIS

Grupo reclama de fila, ambulantes, barulho e funcionários do Museu da Imagem e do Som; diretor diz que tomou providências e fala em 'preconceito'

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 14h04 - Publicado em 22 set 2014, 13h01

Moradores do Jardim Europa, na Zona Oeste de São Paulo, fizeram um abaixo-assinado contra o Museu da Imagem e do Som (MIS) para reclamar de situações que “perturbam o descanso noturno, bem como a rotina diária dos cidadãos” do bairro.

Maria Aparecida Brecheret, de 70 anos, uma das coordenadoras do movimento, afirma que o museu tem provocado momentos desagradáveis aos moradores das ruas Bucareste, Alemanha e Luxemburgo. “Os ônibus param no meio da via para desembarcar as crianças que vêm para a mostra do Castelo Rá-Tim-Bum. A rua enche de carro e buzinas, fica um horror logo de manhã, difícil de aguentar”, afirma a educadora, que se diz a favor da visitação, mas contra a maneira como as pessoas são desembarcadas.

Martha Autran, de 70 anos, concorda que a exposição, aberta em 16 de julho, agravou o problema. “O pessoal que vem eu admiro, mas eles fazem fila na frente da nossa casa e muito barulho. O trânsito fica impossível, ninguém sai da garagem.”

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Ela diz que não consegue alugar a sua casa na Rua Bucareste. “O senhor de 60 anos que morava aqui pediu para sair por causa da Green Sunset (festa promovida pelo museu um sábado por mês). Ele devolveu as chaves e disse que gostaria de conseguir dormir.”

As duas afirmam ter reunido 150 assinaturas e pretendem enviá-las ao diretor do MIS, André Sturm, e à prefeitura. Martha afirma ter entregue solicitações a Sturm há três meses, incluindo o pedido para que caminhões de entrega para o restaurante Chez MIS não usassem as garagens dos moradores e que funcionários evitassem colocar lixo na rua de madrugada. Segundo Martha, o diretor tomou atitudes, porém, problemas persistem, como ambulantes na fila.

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Há um mês, reenviaram reclamações ao diretor e copiaram o secretário estadual da Cultura, Marcelo Araújo. Sem resposta, decidiram recolher assinaturas. “O museu está destruindo parte do Jardim Europa. A rua já foi considerada a mais bonita do bairro e acabou. Estamos desesperados”, diz Maria Aparecida.

Gente diferenciada

O diretor do MIS, André Sturm, confirmou que recebeu as solicitações de Martha. “Ela trouxe questões pontuais de quatro ou cinco moradores. Eles tinham 100% de razão nas reclamações dos caminhões e do lixo, e nós resolvemos.” Agora, há uma placa em frente ao MIS, dizendo que as entregas estão proibidas na madrugada. E, se o caminhão parar em uma garagem, o museu não recebe as mercadorias.

“Há menos de um mês, recebi por e-mail um abaixo-assinado com mais ou menos dez assinaturas. Não respondi porque é uma manifestação visivelmente semelhante àquela em Higienópolis, quando anunciaram que ia ter Metrô e os moradores disseram que não queriam gente diferenciada. É preconceituoso.”

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Sturm diz que a Green Sunset é realizada há três anos e meio e que, da Rua Bucareste, mal se escuta o barulho. “Todas as caixas de som são viradas para a Avenida Europa. Um minuto para as 22 horas nós desligamos a música, religiosamente.”

Sobre a presença de ambulantes, Sturm afirma que luta para combatê-los. “Não posso fazer nada, quem cuida é a prefeitura. Não gostamos de ambulante. Pusemos dois vendedores oficiais, um de pipoca e outro de cachorro-quente, que têm preços populares, para desestimular os outros ambulantes.”

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Secretaria e CET

A Secretaria da Cultura disse, em nota, que encaminhou a carta à direção do MIS e à organização de cultura responsável por gerenciar o espaço – a Associação do Paço das Artes. Já a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que intensificará a fiscalização na redondeza. (Com informações do Estadão Conteúdo)

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