Em 1939, Maria Aparecida Corrêa (no destaque) foi contratada, aos 16 anos, como assistente geral de uma fábrica de material elétrico da Mooca, a Lorenzetti, para montar, a mão, em uma bancada coletiva, tomadas, soquetes e plugues. Depois de setenta anos na mesma empresa, Cida, hoje encarregada da reposição de peças, ganhou uma homenagem e um prêmio de 70 000 reais. “Eu mexia com alicate, martelo e chave de fenda”, lembra. “Agora, a parte pesada do serviço é feita nas máquinas da linha de montagem.” Aposentada há quarenta anos, ela continua no batente. “Gosto tanto do que faço que nem vi o tempo passar.”