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Maria Alice Vergueiro fala sobre “As Três Velhas”, de volta ao CCSP

Espetáculo faz temporada de hoje (24) a 18 de dezembro, com sessões de quinta a domingo

Por Adriano Conter
Atualizado em 5 dez 2016, 17h35 - Publicado em 24 nov 2011, 15h39

O bom espetáculo “As Três Velhas”, do chileno Alejandro Jodorowsky, volta a fazer temporada no Centro Cultural São Paulo, a partir desta quinta (24).

A tragicomédia, ou melodrama grotesco, como define a atriz e diretora Maria Alice Vergueiro, é ambientada em uma noite transformadora. Duas velhas marquesas (interpretadas por Luciano Chirolli, premiado com o Shell de melhor ator, e Danilo Grangheia) vivem em uma mansão em ruínas, ameaçadas pela fome, e têm como companheira uma centenária criada (Maria Alice).

A peça segue em cartaz até 18 de dezembro, com sessões de quinta a domingo. Os ingressos custam R$ 20.

Na entrevista abaixo, Maria Alice Vergueiro e Chirolli falam mais sobre o espetáculo:

VEJA SÃO PAULO – “As Três Velhas” passou pelo Rio de Janeiro, Brasília, Londrina e Florianópolis antes de voltar a São Paulo. O espetáculo cresceu durante as viagens?

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Maria Alice Vergueiro – Você não faz ideia de como evoluiu. As improvisações ficam mais ricas com as ideias novas que cada espaço propõe. Surgem oportunidades de mexer na estrutura.

VEJA SÃO PAULO – Qual será a trajetória da companhia Teatro Pândega após o fim desta temporada?Maria Alice Vergueiro – Estamos muito tentados a apresentar “As Três Velhas” em festivais no México, Cuba… Queremos estar ao lado da forma hispânica de se comunicar, o que também não impede de irmos para o Folias [Teatro Galpão do Folias, na Rua Ana Cintra]. Ainda há muita procura, as pessoas se tocam com o tema.

VEJA SÃO PAULO – Por que a senhora acha que as pessoas se identificam com a peça?

Maria Alice Vergueiro – O tema é muito forte. A narrativa foge do linear. É difícil explicar. Acho que o texto é lisérgico, não é previsível, traz uma surpresa atrás da outra. Quando termina o público sobe no palco e vem falar com a gente. O teatro hoje está repetitivo, de folhetim. Nosso linguajar é mais irônico, inteligente.

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VEJA SÃO PAULO – A senhora usa o termo melodrama grotesco para definir a representação. O que quer dizer como isso?

Maria Alice Vergueiro – O melodrama é a linguagem mais operística, da novela. O grotesco traz o bufão, a caricatura.

VEJA SÃO PAULO – Luciano Chirolli, a direção de Maria Alice Vergueiro foi fundamental para conseguir o Prêmio Shell?

Luciano Chirolli – Sim. Sempre busquei uma comédia mais requintada, mais inteligente do que se faz por aí. A melhor é a comédia clássica. Não acredito no humor fácil. Conheci Maria Alice em uma peça de Samuel Beckett, “Eu Não”. O espetáculo me deixou com uma sensação muito esquisita, um incomodo. Então, quando ela me chamou para o papel [uma das velhas marquesas], disse que gostaria de fazer algo igual, mas ela respondeu: “Nunca igual, sempre melhor”.

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