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3 perguntas para…Marco Nanini

Ator fala de seu famoso personagem Lineu e do novo trabalho no palco, “Pterodátilos”

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 18h14 - Publicado em 12 mar 2011, 00h50

Na última década, o público se acostumou a ver o ator Marco Nanini, de 62 anos, na pele do Seu Lineu, o paizão do seriado “A Grande Família”. A diversidade, porém, ele exercita nos palcos. Na comédia “Pterodátilos”, que estreia na sexta (18) no Teatro Faap, o artista divide-se em dois personagens: um outro chefe de família e uma adolescente.

Depois de dez anos, ainda encontra prazer ao interpretar o Seu Lineu?

Já tinha descoberto o sabor da repetição quando fiquei onze anos em cartaz com a comédia “O Mistério de Irma Vap”. Nem sempre é prazeroso, claro. Já comecei peças e, em uma semana, contava os dias para terminar. Mas com “A Grande Família” a relação vai por um caminho diferente. No início, seriam apenas doze episódios — e estamos no ar até agora. Há uma reunião agradável de colegas, com quem converso sobre assuntos de meu interesse. Gravamos três dias por semana e tocamos outros projetos. Se não existisse o prazer, eu não faria.

O que sente quando ouve que hoje você seria o maior ator do Brasil?

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Eu fico contente pelo reconhecimento e esse glamour até pode ser importante, mas nunca sou levado por isso. Desde o início da minha carreira, há 45 anos, fui muito exigente comigo mesmo e com os papéis que faço. Então, quando interpreto uma adolescente de 15 anos, como é o caso desta peça, acredito cegamente que sou aquela menina. Se não for assim, nem vou topar o personagem.

Na prática, como se manifesta essa exigência?

Quase nunca procuro peças já montadas por outros atores. Levei trinta anos para fazer o meu primeiro Molière. Comprei os direitos de “Os Sete Gatinhos”, de Nelson Rodrigues, e desisti. Sempre fico receoso de interpretar um papel que tanta gente já fez, pois, para mim, está feito. Na TV, eu jamais peço para conferir minha imagem no monitor depois de gravar uma cena. Aliás, eu nem a vejo quando vai ao ar. No máximo, compareço à sessão de pré-estreia de um filme. O que me interessa é o fazer, discutir com os colegas, construir o personagem e levá-lo ao público.

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