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Todos os 60 detidos em manifestação são liberados

Black blocs chegaram a interditar a Avenida Faria Lima e a Marginal Pinheiros; polícia lançou bombas de gás

Por Nataly Costa e Juliana Deodoro
Atualizado em 5 dez 2016, 15h34 - Publicado em 15 out 2013, 19h57

Com novas cenas de vandalismo e confusão, o protesto que aconteceu nesta terça-feira (15) em São Paulo terminou com sessenta pessoas detidas para averiguação pela Polícia Militar. Levados para 14º Distrito Policial, todos foram ouvidos e liberados.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, três boletins de ocorrência foram feitos. Um por lesão corporal e dano qualificado, no qual 55 foram averiguados; outro por apreensão de objetos, com cinco averiguados, e um último por dano qualificado de um ônibus. 

O ato foi chamado por diversos grupos, entre eles estudantes da USP e da Unicamp que pedem pela eleição direta para reitor em ambas as universidades. Entretanto, a presença de black blocs, em grande número, deixou o clima tenso desde o início.

No começo da passeata, representantes dos professores e alunos tentaram negociar um ato pacífico. “Não impedimos ninguém de vir para a manifestação. Entretanto, queremos um trajeto tranquilo até o Palácio (dos Bandeirantes)”, afirmou Pedro Serrano, diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP. Não houve acordo. Após pichações, depredação em uma concessionária de carros perto da Avenida Eusébio Matoso e em uma loja da Tok Stok, policiais militares jogaram bombas de efeito moral nos manifestantes que seguiam pela Marginal Pinheiros. Com isso, o protesto dispersou sem o grupo conseguir chegar ao Palácio dos Bandeirantes. 

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O estudante Vitor Araújo, de 19 anos, participa do ato. Ele ficou cego do olho direito após ser atingido por uma bomba de efeito moral durante um protesto em setembro. “Desde o que aconteceu, venho em todas as passeatas. Estou dentro quando vejo uma possibilidade de mudança da sociedade.”

Ação e reação

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Na última quarta-feira (9), alunos da USP promoveram um ato que saiu do Masp, na Avenida Paulista, e seguiu pacificamente até a Assembleia Legislativa, na frente do Parque Ibirapuera. Nesta terça, a ideia é terminar o protesto no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi.

Um outro evento no Facebook, que também convoca para uma manifestação nesta terça, no mesmo local, mas às 18h, tem apoio do grupo Black Bloc. No dia 7 de outubro, um ato terminou com oito pessoas feridas, nove detidas e cinco presas, além de agências bancárias e uma viatura policial quebradas.

Por causa do confronto, o secretário de Segurança Pública Fernando Grella Vieira afirmou no dia 8 que a Polícia Militar pode voltar a usar balas de borracha em protestos, proibidas desde junho.

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