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MAM abre mostra do fotógrafo alemão Wolfgang Tillmans

“Inimigo” da Escola de Düsseldorf, artista se consagrou com um estilo colorido e emotivo

Por Jonas Lopes
Atualizado em 5 dez 2016, 17h18 - Publicado em 24 mar 2012, 00h50

Primeiro fotógrafo a ganhar o Turner Prize, prêmio muitas vezes criticado pelas escolhas duvidosas (vide Damien Hirst e Tracey Emin), mas que costuma lançar os vencedores ao estrelato, Wolfgang Tillmans ocupa o MAM a partir de quarta (28). O museu foi escolhido por ele mesmo, em visita anônima à cidade.

Nascido na Alemanha, Tillmans, de 43 anos, sentia-se pouco à vontade com o contexto do país natal ao iniciar a carreira na fotográfica. Isso porque desde os anos 70 prevalece no universo artístico alemão a forte influência da chamada Escola de Düsseldorf, marcada por enquadramentos rígidos e pela maneira fria, quase sisuda, de retratar prédios e fábricas enormes. O casal de professores Bernd e Hilla Becher foi o principal expoente do gênero. Os dois educaram excelentes nomes posteriores, a exemplo de Thomas Struth, Andreas Gursky e Candida Höfer.

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Apaixonado pela cultura pop, Tillmans resolveu se mudar para Londres, onde se consagrou com um estilo colorido e emotivo — hoje divide seus dias entre ateliês na capital inglesa e em Berlim. Fez nesse período inicial registros da cena gay local, além de retratos de amigos em parques. Também clicou céus e estrelas, graças à fascinação por astronomia, e arriscou referências à história da arte, inclusive ao italiano Giuseppe Arcimboldo (1527-1593).

Nos últimos anos, o artista se dedicou, ao mesmo tempo, à abstração, a partir de experimentos de cores e luzes saturados envolvendo manipulação de papéis fotográficos. Obras dessas diversas fases estão na mostra paulistana, versão ampliada de outra, apresentada na galeria londrina Serpentine. Marcam presença ainda dois vídeos. Pouco convencional, a montagem traz trabalhos pendurados em fios e ganchos, alguns deles colados diretamente na parede, sem moldura. Felipe Chaimovich, Julia Peyton-Jones, Hans Ulrich Obrist e Sophie O’Brien assinam a curadoria e a seleção das cerca de 300 peças.

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