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Justiça aceita denúncia contra pichadores acusados de matar dentista

Na ocasião, o pai do rapaz também foi espancado, sobreviveu e teve um braço amputado por causa dos ferimentos. Quatro agressores continuam foragidos

Por Veja São Paulo
Atualizado em 1 jun 2017, 15h54 - Publicado em 11 out 2016, 19h25

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra seis pichadores acusados de matar o dentista Wellinton Silva, 39. O caso ocorreu na Zona Norte no dia 6 de agosto. Na ocasião, o pai do rapaz, Manoel Antônio da Silva, 79, também foi espancado pelo grupo, sobreviveu e teve um braço amputado por causa dos ferimentos.

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De acordo com Manoel, os acusados haviam pichado o muro de sua casa na madrugada em que ocorreu o crime. O aposentado e o filho foram tirar satisfações, e acabaram sendo agredidos. A ação penal foi aceita pelo na última sexta-feira (7) pelo juiz Luís Gustavo Esteves Ferreira, da 5ª Vara do Júri, da Barra Funda. A denúncia havia sido feita pelo promotor José Carlos Cosenzo na quarta (5). 

Adolfo Gabriel de Souza é apontado como dono do carro que levou pichadores à casa da vítima
Adolfo Gabriel de Souza é apontado como dono do carro que levou pichadores à casa da vítima ()

Os seis acusados foram denunciados pela prática dos crimes de homicídio qualificado e homicídio tentado consumado, por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas, além de associação criminosa e de crime ambiental. O promotor de Justiça também pediu prisão preventiva dos agressores, que se tornaram réus após a decisão judicial.

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Os réus Adolfo Gabriel de Souza (vulgo THCD2) e Marivone Pereira da Silva já haviam sido presos temporariamente. Agora, as prisões deles foram convertidas em preventivas. Já os outros quatro agressores estão sendo procurados.

Investigação paralela

O primo de Wellinton Silva, o analista de sistemas Anderson Brandão, 32 anos, fez uma investigação paralela para identificar os autores do crime. Ele conta que usou a internet para identificar o traço dos pichadores e chegou à página no Facebook onde o grupo reunia fotos de muros pichados pela cidade com a palavra “Consys”, a forma como o grupo é conhecido. A mesma palavra foi pichada com tinta verde na casa da família. 

Na página, Brandão disse que identificou os homens que aparecem nas imagens de segurança. “Eles usam apelidos para assinar a pichação e através disso eu consegui encontrá-los”, disse Brandão, que entregou o material à polícia. Um deles, diz o analista, mora em rua próxima ao local do crime. 

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O primo disse que a polícia chegou a intimar um dos identificados pela página do Facebook. Vanderson Araújo, vulgo THC, foi abordado em casa pelos policiais com as mãos sujas de tinta verde no dia 10 de agosto, levado à delegacia, mas liberado por falta de provas, segundo Brandão. 

O delegado Paulo Arbues, do 33º DP, negou que as informações passadas pela família estejam sendo usadas na investigação. Mesmo assim, ele confirmou que o casal identificado nesta quarta-feira é o mesmo encontrado por Brandão nas redes sociais. 

(com Estadão Conteúdo)

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