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Itaim Bibi é bairro procurado tanto para trabalhar quanto para morar

Cerca de 70% das pessoas que se mudaram para a região desde 2008 escolheram o local pela proximidade com o emprego

Por Pedro Marcondes de Moura
Atualizado em 1 jun 2017, 18h29 - Publicado em 30 jul 2011, 00h50

A profusão de homens engravatados e mulheres de tailleur nas filas dos restaurantes no horário do almoço evidencia a vocação empresarial do Itaim: seus 143 edifícios comerciais abrigam sedes de grandes companhias, bancos de investimentos e agências de publicidade. O movimento rumo ao bairro se intensificou após a realização de intervenções urbanas, como o prolongamento da Avenida Brigadeiro Faria Lima, em 1996. “As obras melhoraram o acesso a outros pontos da cidade, trazendo mais valorização”, explica a gerente de pesquisa da consultoria imobiliária Jones Lang LaSalle, Lilian Feng.

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Atualmente, a procura por espaço supera a oferta, apesar dos elevados preços. O aluguel de um conjunto de alto padrão com área útil de 500 metros quadrados custa a partir de 47.500 reais por mês, valor que subiu 102% nos últimos cinco anos, um aumento similar ao do resto da cidade. Em fenômeno mais recente, os funcionários passaram a acompanhar a migração de suas empresas. Segundo pesquisa da Ini Imóveis, imobiliária especializada no bairro, cerca de 70% das pessoas que se mudaram para o Itaim desde 2008 trabalham na própria região. A tendência é percebida por outros profissionais do setor. “É a repetição do que ocorreu nos Jardins quando a Avenida Paulista se tornou o principal centro financeiro de São Paulo”, diz o diretor de atendimento da corretora Lopes, Cyro Naufel.

Os novos moradores geralmente são jovens casados e sem filhos, como o designer gráfico de animação Filipe Birck, de 27 anos. Há um ano ele saiu de Vitória, no Espírito Santo, com a mulher, Isabela Gava, e se mudou para um apartamento na Rua Doutor Renato Paes de Barros após receber uma proposta da agência de publicidade Africa. A proximidade com o trabalho, na Faria Lima, a dois quilômetros de sua residência, foi um dos diferenciais na hora da escolha. “Acordo faltando quarenta minutos para o meu horário de entrada, vou a pé e ainda chego cinco minutos antes”, conta. “Tenho mais tempo para descansar.”

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Outro atrativo é a grande oferta de serviços: existem 313 restaurantes, 263 bares e lanchonetes, 39 farmácias, dezessete padarias e onze supermercados em uma área de 2 quilômetros quadrados, de acordo com a Cognatis Geomarketing. A proporção entre o número desses estabelecimentos e a população é bem maior que a de bairros vizinhos. No caso dos restaurantes, por exemplo, são 125 para cada 10.000 habitantes, índice que é o dobro do verificado nos Jardins. “Aqui você tem tudo o que precisa a qualquer hora do dia”, diz a espanhola Eva Vallespi, que chegou da Europa há oito meses e se instalou com o marido, Jordi Camps, em um apartamento na Rua Tabapuã.

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Usufruir das comodidades do Itaim, no entanto, tem custo bem alto: o local está entre os mais caros da cidade. Um levantamento realizado pela Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) indica que o metro quadrado dos lançamentos residenciais do bairro custa em torno de 13.400 reais, cerca de 150% acima da média da capital.

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Pessoa jurídica

Os primeiros edifícios comerciais foram inaugurados em 1974

São 143 prédios empresariais

Dez lançamentos estão previstos até 2014

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11.500 profissionais que trabalham na região recebem mais de 5.500 reais por mês

O valor médio do metro quadrado de um lançamento é 16. 600 reais

O preço dos imóveis subiu 102% nos últimos cinco anos

A Avenida Juscelino Kubitschek é a via mais valorizada

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Pessoa física

Em 1964 surgiram os primeiros prédios residenciais

Foram lançados 155 edifícios desde 1986

Cinco lançamentos estão previstos para este ano

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8.500 famílias possuem renda mensal acima de 5.500 reais

13.400 reais é o preço médio do metro quadrado de um lançamento

As unidades valorizaram 97% em cinco anos

A via mais badalada é a Rua Leopoldo Couto de Magalhães Júnior

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