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Inaugurada nova Schutz, 57 vezes maior

Cinco anos depois de abrir sua primeira loja na Oscar Freire, de 13 metros quadrados, o empresário Alexandre Birman inaugura novo endereço

Por Giovana Romani
Atualizado em 5 dez 2016, 19h33 - Publicado em 18 set 2009, 20h26

Para o número 855 da Rua Oscar Freire ficar apinhado de mulheres não custa muito. É esse o endereço da Schutz, a loja de calçados e acessórios que carrega o curioso título de a menor da rua. Duas vendedoras fazem malabarismo para tornar confortável o pequeníssimo espaço de 13 metros quadrados com algumas prateleiras e um sofá. A partir da próxima quarta (12), as clientes aficionadas de sandálias, escarpins, plataformas e peep toes devem ganhar um lugar 57 vezes maior, onde será possível escolher um sapato para chamar de seu. É quando será inaugurada a nova unidade da grife, em um prédio de 750 metros quadrados localizado no número 944 da mesma rua. “Estava à procura de um imóvel como esse fazia meses”, diz o empresário mineiro Alexandre Birman, de 33 anos, radicado em São Paulo há cinco. Só de luvas pelo ponto comercial, o maior do quadrilátero de ouro da Oscar Freire, entre a Consolação e a Haddock Lobo, ele pagou 3 milhões de reais. Outros 300 000 reais foram gastos nas obras. O aluguel vai custar 60 000 reais mensais. “Vai valer a pena”, afirma o dono. “Pretendo faturar 500 000 reais por mês.”

Não é nenhum exagero dizer que o gosto dele por sapatos vem de berço. Seu pai, o empresário Anderson Birman, fundou a Arezzo em 1972. Ainda criança, em Belo Horizonte, Alexandre gostava de montar as caixas dos calçados e de acompanhar todas as etapas da produção. Aos 15 anos, desenhou seu primeiro modelo. Estudou nos Estados Unidos, na Itália e, tão logo alcançou a maioridade, decidiu que já era hora de criar sua própria marca. “Nunca pensei em fazer outra coisa na vida”, conta. Apoiado pelo pai, abriu a Schutz – que significa proteção, em alemão. “O Alexandre é um menino trabalhador, que sabe usar sua juventude para alavancar o negócio”, diz Anderson Birman. “Tem um milhão de defeitos, claro, mas é um filho dos sonhos.” A parceria familiar se fortaleceu há dois anos, quando Anderson assumiu integralmente o controle da Arezzo, antes dividido com seu irmão Jefferson. Confiante, incorporou a Schutz ao seu rol de investimentos e criou o Grupo Arezzo, do qual Alexandre é atualmente vice-presidente.

Às duas grifes somou-se ainda no ano passado uma nova marca, a Alexandre Birman. Cada uma delas tem um posicionamento estratégico dentro da empresa. Mais popular, a Arezzo aposta em modelos para o dia a dia distribuídos em uma rede de franquias. A recente Alexandre Birman, por sua vez, desenvolve peças de design e acabamento impecáveis, disponíveis apenas em um corner na Daslu e em magazines americanos bacanas, como Bergdorf Goodman e Neiman Marcus. Por lá, aliás, as criações de Birman custam em média 500 dólares, são expostas ao lado dos sapatos de sola vermelha de Christian Louboutin e já caíram no gosto das atrizes Kate Hudson e Courteney Cox-Arquette. No meio-termo fica a Schutz, com coleções de alto apelo fashion e preços entre 200 e 350 reais.

A Schutz fatura 145 milhões de reais por ano. Os 6 000 pares produzidos diariamente na fábrica de Campo Bom, no Rio Grande do Sul, são comercializados em 1 000 pontos de venda em todo o país. Há ainda uma loja própria no Rio de Janeiro e sete em São Paulo. A mais nova (e, de longe, a maior) delas terá um andar inteiro de showroom, com direito a concierge e atendimento personalizado para revendedores. Todo o projeto foi elaborado pelo conceituado diretor de arte carioca Giovanni Bianco, também responsável pelas bem-sucedidas campanhas impressas das marcas do grupo. “Será uma espécie de galeria, onde o produto tem o maior destaque”, conta. O cenário, porém, é provisório. Em janeiro, as portas serão fechadas por dois meses para uma reforma definitiva – o orçamento previsto é de 1 milhão de reais. “Achamos precipitado definir a estética agora, por isso optamos por esse modelo temporário”, explica Bianco.

A mil por hora em razão da abertura, Birman pula da cama às 7 da manhã para malhar e trabalha até as 9 da noite. Nos fins de semana, gosta de jogar tênis, passear pelas ruas do Itaim Bibi, bairro onde mora, e viajar para Angra dos Reis, normalmente acompanhado da noiva, a modelo catarinense Johanna Stein, de 18 anos. Ex-namorado da atriz Letícia Birkheuer, ele está há um ano com Johanna e marcou o casamento para outubro. Um novo salto para o sapateiro. “Estou numa fase ótima, em que tudo dá certo para mim.”

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