Ilhabela: música, sombra e água fresca
Cidade ganha um clube com piscina, restaurante, bares, massagistas, serviço de praia e DJ para receber turistas durante o dia
Distante 213 quilômetros da capital, Ilhabela tem 30 000 habitantes, 5 000 leitos em pousadas e hotéis e outros 12 000 em casas de veraneio. Em alguns dias da alta temporada, porém, cerca de 120 000 pessoas circulam por suas ruas e praias. Na prática, isso significa que muita gente desembarca por lá apenas para aproveitar o dia. De olho nesse público, os empresários Dado Nascimento, Ricardo Cretella e Ri cardo Fazzini criaram o Sea Club, um clube de praia que começa a funcionar em esquema de soft opening no próximo sábado (12) e tem festa de inauguração marcada para o dia 19. “Também queremos agradar aos turistas dos cruzeiros”, afirma Fazzini, que foi secretário de Turismo do município durante três gestões. Até abril, estão previstas 144 escalas de navios na cidade. Juntas, as embarcações somam 350 000 passageiros. “Por isso escolhemos um terreno próximo ao píer”, diz o ex-secretário.
Com investimento de 6 milhões de reais, o empreendimento fica em uma área de 3 700 metros quadrados na Praia Saco da Capela. Para quem não dispensa mar e areia, são 72 metros de orla com guarda-sóis, mesinhas e garçons. Na área interna cintila uma piscina de 190 metros quadrados cercada por um deque de madeira cheio de espreguiçadeiras. Montados com pufes e poltronas, os lounges têm tetos retráteis. “Cada grupo escolhe se quer barrar ou não o sol”, explica Nascimento. Durante todo o dia, o DJ residente Hermes Pina fará a trilha sonora para o relax. Detalhes como esses foram pensados com a consultoria da Indústria de Entretenimento, empresa responsável pelos clubes Sirena e Morocco, em Maresias, e pela Pacha, que tem filiais em São Paulo, Búzios e Florianópolis. “É diferente fazer um clube diurno”, conta a arquiteta Lorenzza Lamoglie, idealizadora do projeto da Pacha e, agora, do Sea Club. “À luz do sol, nenhum problema passa despercebido.”
Palmeiras exóticas, bananeiras e helicônias ganharam lugar especial nos jardins. “Priorizei ainda espécies da Mata Atlântica, nativas da região”, afirma o paisagista Gil Fialho. O cardápio leva a assinatura do chef João Leme, ex-sócio do restaurante Balneário das Pedras, em Pinheiros. Entre as opções, saladas, peixes, pe – tiscos praianos e uma grelha de onde sairão cortes argentinos. Nos quatro bares, destaque para a preferência nacional (e internacional, claro): caipirinhas de todos os tipos. Para completar o bem-bom, haverá um espaço para massagens relaxantes realizadas por profissionais do spa Bosque Bem Estar, cuja matriz fica no centro de Ilhabela. “Até toalhas de piscina os clientes poderão alugar”, diz Nascimento. Paga-se no restaurante e nos bares uma consumação mínima variável entre 50 e 200 reais. Os de – mais luxos são cobrados à parte.
Quando o sol se põe e os visitantes voltam aos navios ou atravessam a balsa rumo a São Sebastião, o clube de praia ganha ares de balada. Co – mandadas por DJs bacanas, as festas de música eletrônica vão se somar às outras opções noturnas da ilha. Já estão marcadas apresentações do americano Kaskade e da cantora italiana Moony, intérprete do hit I Don’t Know Why. Inspirado no espanhol Ocean Club, em Marbella, e no Nikki Beach, com unidades em St. Barts, no Caribe, e em Saint-Tropez, na França, o Sea Club funcionará apenas durante a temporada de verão. A partir de abril, o local poderá ser alugado para eventos particulares. “Temos dois casamentos agendados”, comemora Nascimento.