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Guarda Civil de São Paulo matou dezessete pessoas desde 2013

Neste ano foram registradas quatro mortes

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 27 dez 2016, 16h58 - Publicado em 29 jun 2016, 11h40

Dezessete pessoas foram mortas por guardas-civis metropolitanos (GCMs) na cidade de São Paulo de 2013 a 2016. As informações são do comando da instituição e incluem o caso do menino de 11 anos morto em uma perseguição, no último sábado (25), em Cidade Tiradentes, na Zona Leste.

Neste ano, foram registradas quatro mortes, quase o total de casos do ano passado, cinco. Em 2014, aconteceram seis mortes e em 2013, dois casos. Segundo as estatísticas, em onze casos, os guardas estavam fora de serviço e, em seis, trabalhando.

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Para o secretário municipal de Segurança Urbana, Benedito Domingos Mariano, os números mostram que não há “cultura da letalidade” na GCM da capital.

“Considerando uma cidade do tamanho de São Paulo e um efetivo de 6 000 homens que trabalham armados todos os dias, os índices estão muito baixos, menores do que em países como os Estados Unidos, por exemplo.”

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Mariano afirmou que um dos casos se refere a um crime passional – um GCM matou o suposto amante da mulher. “O outro caso que teve a conduta dos guardas totalmente errada, pois foge do padrão de atuação da Guarda, foi o que terminou com a morte do menino de 11 anos, no fim de semana. Nas demais ocorrências, a investigação da Corregedoria da GCM concluiu que os guardas agiram em legítima defesa, pois houve confronto com bandidos.”

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O comando da GCM vai reforçar nesta semana a instrução para que os guardas adotem as normas estabelecidas há oito anos, que não permitem abordar veículos em atitude suspeita ou se envolver em perseguição a suspeitos. “O guarda anda armado para se proteger e não para participar de ocorrências policiais.”

Investigação

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Os dois adolescentes que acompanhavam o menino de 11 anos morto com um tiro na nuca por um guarda-civil foram ouvidos na terça-feira (28) no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Eles têm 14 anos e afirmaram que não houve confronto e não estavam armados.

Eles contaram que tentaram furtar um Gol. O menino de 11 anos, segundo eles, tinha facilidade em abrir carros com uma chave mixa e fazer ligação direta no motor. Como não conseguiram levar o Gol, furtaram um Chevette, mas foram vistos por um motoqueiro, que avisou os guardas.

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O menino de 14 anos que assumiu o volante admitiu que tentou fugir em alta velocidade. Eles afirmaram que perceberam os tiros da GCM, um deles acertou um dos pneus e o carro perdeu a estabilidade. Ele afirmou que deu “um cavalo de pau”, parou próximo de uma quermesse e correu para uma viela. O outro menino de 14 se misturou aos frequentadores da festa, enquanto o garoto de 11 anos agonizava no carro.

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O guarda Caio Muratori afirmou à polícia que atirou quatro vezes no veículo após os ocupantes dispararem em direção à viatura. Os dois guardas que estavam com Muratori afirmaram que não viram o confronto.

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