Continua após publicidade

Governo Alckmin rescinde contrato de obras da linha 4-amarela

Estado diz que medida acontece após descumprimento de prazos e abandono de construções e falta. Multa a consórcio pode chegar a 23 milhões de reais 

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h13 - Publicado em 30 jul 2015, 13h27

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu romper de vez os contratos com as empreiteiras que estão construindo as quatro estações finais da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo. A decisão foi divulgada na manhã desta quinta-feira, 30, em consenso com o Banco Interamericano de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), que financiava a empreitada. A obra, agora totalmente paralisada, terá de passar por nova licitação para ser retomada, e não há mais prazo para conclusão da linha, cujas obras começaram em 2004.

+ Paralisação das obras da Linha Amarela compromete expansão do metrô

Os trabalhos vêm se arrastado desde que o consórcio formado pelas empresas Isolux, Corsán e Corviam, todas envolvidas no escândalo da Operação Lava Jato, apresentaram dificuldades financeiras para a execução dos projetos. A obra chegou a ficar parada entre novembro do ano passado e fevereiro, período em que o governador Geraldo Alckmin chegou a sugerir a paralisação dos serviços.

O BIRD, entretanto, optou por ampliar as linhas de financiamento paras as empresas e o Estado chegou a assinar um contrato aditivo para dar mais R$ 20,4 milhões para as empresas manterem os serviços em um dos lotes.Tratava-se do segundo acréscimo de valor ao contrato assinado em 2012, que saltava de R$ 172,9 milhões para R$ 212,3 milhões.

Em março do ano passado, quando o trecho da linha deveria ter sido entregue, o Metrô já havia desembolsado mais R$ 18,9 milhões para o consórcio espanhol. Após a assinatura do aditivo, entretanto, os serviços teriam continuado a serem executados em ritmo aquém do previsto.

Continua após a publicidade

+ Confira as últimas notícias

Segundo o Metrô, funcionários voltaram aos canteiros de obras, mas sem equipamento pesado necessário para que os trabalhos avançassem. Então o governo optou por romper os contratos definitivamente.O Metrô afirma que vai aplicar as multas previstas em contrato às empresas, que chegam a R$ 23 milhões.

“O consórcio Corsan-Corviam foi notificado por não cumprir o escopo dos contratos assinados em 2012 nos prazos estabelecidos, desistência da execução contratual (abandono da obra), não atendimento das normas de qualidade, segurança do trabalho e meio ambiente, ausência de pagamento das subcontratadas e violação de várias cláusulas contratuais”, diz nota da empresa.

As empresas do consórcio também serão proibidas de participar de novas licitações do Metrô. As estações paralisadas são Higienópolis/Mackenzie, Oscar Freire São Paulo/Morumbi e Vila Sônia. Na última parada, havia ainda a construção de um terminal de ônibus.

Continua após a publicidade

Consórcio

A Isolux Corsan afirmou, por meio de nota, que há quinze dias encaminhou ao Metrô correspondência que em que pedia a regularização dos aditivos e a entrega dos projetos executivos. “Como nesse período não houve nenhuma manifestação por parte do Metrô, reforçando as limitações gerenciais desse órgão, a Isolux Corsán tomou a iniciativa de pedir a rescisão do contrato e encaminhou a questão para um processo de arbitragem.”

 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.