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Filhotes de lobo-guará nascem em zoológico no interior

O último registro de nascimento de lobo-guará no local foi em 2005

Por Estadão Conteúdo
26 jul 2017, 09h41

Dois filhotes de lobo-guará, animal em extinção, nasceram nesta semana no Zoológico de Bauru, a 329 quilômetros de São Paulo. O último registro de nascimento de lobo-guará no local foi em 2005. Os pais vieram de um zoológico de Salvador-MG e de um criadouro em Araxá-MG e chegaram a Bauru há dois anos e meio.

Entre 1989 e 2005 foram 17 nascimentos de lobo-guará em Bauru. “Isso é muito importante porque a espécie tem perdido cada vez mais espaço em seu habitat natural, o cerrado”, diz o diretor da instituição, Luiz Pires.

Segundo ele, o nascimento em cativeiro garante a sobrevivência da espécie. “Se for necessário fazer um repovoamento onde o lobo-guará ocorria naturalmente, teremos uma fonte de material genético”, explica. Luiz comenta que esse foi o processo responsável por recuperar parte da população de mico leão dourado.

Além da destruição do bioma, Luiz cita os atropelamentos como responsáveis por reduzir a quantidade de diversos animais silvestres – somente na região de Bauru foram três lobos-guará mortos neste ano.

Um estudo do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas, da Universidade Federal de Lavras (Ufla), revelou que são atropelados cerca de cinco milhões de animais de grande porte por ano nas estradas brasileiras.

Com a duplicação das pistas, o tempo de travessia dos animais aumentou, assim como a velocidade dos veículos. “Muitos animais têm hábitos noturnos e acabam tendo sua visão ofuscada pelos faróis dos veículos. Aí, param na estrada e acabam sendo atropelados”, explica Luiz Pires.

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Uma concessionária do interior de São Paulo passou a adotar ações para evitar os acidentes. “São dois focos: a conservação da espécie e a segurança dos usuários”, diz Osnir Giacon, coordenador de meio ambiente e sustentabilidade da Concessionária Auto Raposo Tavares (CART), que cuida de mais de 800 quilômetros no Estado de SP.

As câmeras da companhia identificaram os principais pontos em que os animais passavam e criou em 2012 um programa de redução de atropelamentos. O plano envolve aumento da sinalização, a construção de cercas de condução e a implantação de túneis subterrâneos para os animais não circularem na pista. Até agora são 77 passagens subterrâneas nos 834 quilômetros administrados pela CART.

Na rodovia Raposo Tavares, após a implantação das medidas, a companhia reduziu em 72% as ocorrências de atropelamentos, de 47 em 2015 para 11 em 2016. “Criar condições para que os animais possam atravessar a pista com segurança é fundamental”, diz Giacon.

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