Continua após publicidade

Felipe Massa: estrela do automobilismo mundial

Confira 20 coisas que você não sabia sobre o piloto brasileiro

Por Edison Veiga
Atualizado em 6 dez 2016, 09h04 - Publicado em 18 set 2009, 20h34

O sonho de ser campeão mundial de Fórmula 1 povoa a cabeça do paulistano Felipe Massa desde sua estréia nas corridas de kart, aos 8 anos de idade. Quando for dada a largada do Grande Prêmio da Austrália, na virada do próximo sábado (17) para domingo, ele vai acelerar com a consciência de que a chance está, mais do que nunca, em seu volante. Com a aposentadoria do heptacampeão Michael Schumacher, esta é a primeira vez – desde que Ayrton Senna morreu, em 1994 – que um brasileiro tem condições reais de brigar pelo título. “Ele está no lugar certo na hora certa”, afirma o ex-ferrarista Rubens Barrichello, que até hoje não conseguiu chegar perto da conquista. Nas páginas a seguir, vinte histórias sobre a maior estrela atual do nosso automobilismo. Ele quer se casar ainda neste ano – O namoro com a empresária Anna Raffaela Bassi, que começou em outubro de 2002, teve derrapadas na largada, mas deve terminar no pódio. Eles vão se casar em breve. “Nós nos conhecemos no Guarujá. Tinha um amigo meu que saía com uma amiga dela”, conta o piloto. “Eu só pensava: que baixinho folgado, um pivete”, lembra Anna Raffaela, três anos mais velha (ela tem 28 e ele, 25) e herdeira da grife paulistana Guaraná Brasil. Em dez dias estavam namorando. “Eu fugia dele”, revela. “Piloto, morando fora do país e mais novo que eu… Não tinha como dar certo!” Muitas voltas depois, o casamento deve ocorrer ainda em 2007, no fim do ano. “A prioridade em minha vida é o Felipe”, ela agora se derrete. Vão morar no Morumbi – Criado no Itaim Bibi, Felipe Massa comprou um apartamento de 628 metros quadrados, com quatro suítes, no Morumbi. Deve ficar pronto no meio do ano. Estima-se que tenha pago cerca de 7 milhões de reais pelo imóvel. Vive entre Mônaco, São Paulo, Botucatu e Guarujá – A Fórmula 1 de 2007 será disputada em dezessete cidades ao redor do mundo. Mas apenas em duas delas Massa se sente em casa: Mônaco, onde vive na maior parte do ano, e São Paulo, onde ele nasceu e onde mora sua namorada. Vai muito também a Botucatu, no interior do estado, para onde os pais se mudaram quando ele tinha 5 anos, e ao Guarujá, onde os sogros têm uma residência de praia. Seu primeiro carro foi um Palio 1.0. Hoje, tem duas Maserati e uma Ferrari – Em comum, apenas a dona das marcas: Fiat. Seu primeiro automóvel (fora das pistas) foi um Palio 1.0 cinza-chumbo. “Antes de completar 18 anos, meu pai não me deixava dirigir”, explica. “Só ganhei o carro quando tirei carta.” Agora Massa coleciona três máquinas: duas Maserati Quattroporte pretas e uma Ferrari 599 cinza-chumbo. Quando criança, queria dirigir até a charrete do leiteiro – A mãe, Ana Elena Massa, lembra as peripécias do filho: “Em Botucatu, ele convenceu o carteiro a lhe emprestar a moto. Ficou todo feliz porque deu uma volta no condomínio, mas acabou queimando a perna no escapamento. Até a charrete do leiteiro ele deu um jeito de conduzir”. Era o manobrista oficial das festas da família – Em todas as reuniões familiares, o garoto bancava o valet. Ficava esperando os tios chegarem e pedia para guardar os carros. “Era tão arteiro que fazia questão de estacioná-los bem coladinhos um ao outro, para que ninguém que não fosse tão pequeno quanto ele conseguisse entrar nos carros depois”, revela a mãe. Bom aluno? Hummm… – “Sempre dei trabalho na escola”, admite Massa. “Repeti a 1ª e a 2ª série e matava aulas direto.” Ele brincava de corridas imaginárias com borrachas, réguas e lápis. E nada de prestar atenção às aulas. “Contratamos até uma professora particular para ajudá-lo”, diz o pai, Luiz Antonio Massa, o Titônio. Seu bisavô fundou a maior fábrica de carrocerias de ônibus do Brasil – José Massa, bisavô do piloto, foi o fundador da encarroçadora de ônibus Caio, maior do Brasil na sua área. A empresa, entretanto, não pertence mais à família, proprietária de uma fábrica de produtos plásticos em Botucatu. Foi sócio do Pandoro por seis meses – Um mês após seu fechamento, em julho do ano passado, o tradicional bar Pandoro, no Jardim Europa, passou para novos proprietários – Felipe Massa entre eles. Ele emprestaria sua grife à casa. “Só vou acompanhar a distância e comer”, disse. Iria. Em fevereiro, a sociedade foi desfeita. “A Ferrari pediu para ele sair do negócio”, afirma o empresário Marcelo Ruas, amigo do piloto. “A ordem neste ano é para ele se concentrar só na Fórmula 1.” Massa nega-se a comentar o assunto. É bagunceiro e desorganizado – Não é só a toalha molhada em cima da cama, não. Massa faz bagunça em toda a casa. “Chega e vai largando o tênis na porta, espalha a roupa pelo quarto…”, reclama Anna Raffaela. “Quando ele usa o banheiro, então, parece que por ali passou um furacão.” Corre 10 quilômetros (a pé) por dia – Para agüentar o desgaste físico das pistas, todo piloto precisa ter um bom condicionamento físico. Ele pratica, diariamente, duas horas de exercícios aeróbicos e musculação. Quando está em São Paulo, costuma correr 10 quilômetros no Parque do Ibirapuera, a menos de 200 metros da academia onde malha. Entre os aparelhos que usa, há um simulador de direção desenvolvido em parceria com a Ferrari. A força necessária para girar o volante é similar à da Fórmula 1. Pega carona com Rubinho – Foi-se o tempo em que tínhamos Ayrton Senna e Nelson Piquet duelando dentro e fora das pistas. Os rivais brasileiros agora travam uma batalha bem morna. A ponto de Massa não admitir nenhuma comparação com seu antecessor na Ferrari, Rubens Barrichello. “Nosso relacionamento é muito bom”, confirma Rubinho. “Divirto-me muito com o Felipe nas comemorações dos bons resultados.” A camaradagem rende até umas caroninhas. No último dia 1º, foi no avião particular de Barrichello, um Legacy, que Massa voou do Barein ao Brasil. Leva no pescoço réplicas dos circuitos onde venceu – Preocupada com os riscos da profissão do namorado, Anna Raffaela presenteou-o, no primeiro Natal que passaram juntos, com um escapulário de prata. Disse que era para protegê-lo. Ele não o tira nunca, nem para tomar banho. Depois, ela lhe deu outros mimos: um capacetinho de ouro branco e réplicas dos dois circuitos onde ele venceu, Turquia e Brasil. “Espero que logo minha correntinha esteja tão cheia deles que até pese no meu pescoço”, diz o piloto. Se vai bem em um treino, não tira mais a cueca – Massa tem uma superstição: quando vai bem nos treinos, repete a cueca durante todo o fim de semana. “Coincidência ou não, usava a mesma cueca, branca, nos dois GPs que venci”, conta. “Claro que eu já a marquei para utilizá-la novamente outras vezes.” Existem dezenas de perfis falsos no Orkut com seu nome – Há 400 comunidades no Orkut dedicadas a Massa e 59 perfis de gente que tenta se passar por ele. “Nunca me interessei em participar do Orkut porque acho que é muita exposição”, diz. “Mas já entrei algumas vezes com a senha do meu irmão para ver o que andam falando de mim.” Garante que não chora nem se o Schumacher voltar a correr -Quando chorou pela última vez, Massa não passava de um quase anônimo piloto de Fórmula Renault. “Foi numa corrida que eu liderava com trinta segundos de vantagem para o segundo colocado e acabei rodando”, lembra. O snif! snif! não se repetiu. “Nem ganhar o GP Brasil me fez chorar. Quando me emociono, é como se a lágrima secasse antes de cair.” Adora mesas estreladas-“O que mais aprecio em São Paulo são os bons restaurantes”, diz o piloto, freqüentador do Gero, nos Jardins, e do circuito gastronômico da Rua Amauri. “Na semana do GP Brasil, em outubro, ele esteve aqui com quatro amigos”, conta o gerente do Gero, Ricardo Trevisani. “Saboreou uma costeleta de vitela à milanesa e tomou Coca-Cola.” – Pagar mico na TV? Nem pensar – Massa sempre foi reservado. Quando começou na Fórmula 1, redobrou os cuidados com a mídia. “Recebemos dezenas de pedidos de entrevista e convites para programas de TV, mas filtramos tudo”, admite Márcio Fonseca, seu assessor de imprensa. “Nós nos negamos a ir ao Casseta & Planeta e ao programa do Tom Cavalcante, por exemplo.” Massa receia que a superexposição banalize o seu trabalho. Se quiser, só usa roupas que ganha de presente – Imagine embolsar milhões de dólares por ano mas, mesmo assim, não precisar enfiar a mão no bolso para se vestir com as melhores roupas da Puma e da Dolce&Gabbana. Felipe Massa tem esse privilégio, graças a um acordo com as duas marcas. Vaidoso e preocupado com a aparência, ele aproveita para rechear o guarda-roupa sempre que vai a Milão, na Itália. “Corro em uma categoria que é um glamour”, justifica. Ganha 8 milhões de dólares por ano – “Quando o Felipe foi embora para a Europa, tivemos de vender um carro para ajudar a mantê-lo”, diz o pai do piloto. A dureza acabou. Estima-se que Massa tenha um salário anual de 8 milhões de dólares. É menos do que ganha Rubens Barrichello (10 milhões), atualmente na Honda, e Kimi Raikkonen (25 milhões), seu companheiro na Ferrari. Mas já é o dobro do que o próprio Felipe recebia em 2006.

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.