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Famosos repetem modelos em eventos badalados

Veja as histórias de quem passou pelo mico de encontrar uma sósia de guarda-roupa

Por Sandra Soares
Atualizado em 5 dez 2016, 19h23 - Publicado em 18 set 2009, 20h33

No sábado (26), a produtora musical Flávia Eluf meteu-se em um vestido prata da grife Daslu, reluzente até o último paetê, para ir ao casamento da cantora Wanessa Camargo e do empresário Marcus Buaiz. Antes de sair de casa, deu uma última olhada no espelho e jura que teve um mau pressentimento: “Esta roupa é tão linda que com certeza vai ter alguém igual a mim na festa”. Ainda assim, resolveu manter o look. “Não havia opção, porque acabo de ganhar nenê e precisava de uma peça larguinha.” Não deu outra. Ao chegar ao megaevento na Estação Júlio Prestes, Flávia deparou com a apresentadora Astrid Fontenelle, entre outros 798 convidados, paramentada com o mesmíssimo modelito. “O marido dela (o empresário Tutinha, da rádio Jovem Pan) veio até mim às gargalhadas e disse que eu precisava conhecer a Flávia, que estava muito bem vestida”, conta Astrid. “Quando vi que nossas produções eram idênticas, apenas ri e fiz piada.” Ponto para as duas, segundo a consultora de moda e etiqueta Gloria Kalil. “Situações como essa são muito chatas, mas cada vez mais comuns”, diz. Como o black-tie deixou de ser obrigatório nos salões mais chiques e o prêt–porter de luxo se popularizou, o risco de encontrar uma produção gêmea é grande. “É melhor levar na esportiva e deixar que os fotógrafos façam a festa”, sugere Gloria. Para artistas e outras personalidades, ver sua roupa transformada em saia-justa pode até ser bom – afinal, a coisa vira notícia e rende alguma exposição. Mas, para quem não costuma freqüentar as colunas de jornais e revistas, a situação quase sempre não passa de um grande constrangimento. Que o diga a empresária Gisela Adissi, que há um ano pensou estar diante de um espelho ao descer do carro na chegada a um casamento numa casa de campo próxima a São Paulo. “Levei um susto”, lembra. “Uma mulher apareceu usando o mesmo vestido que eu, supercolorido, da Forum.” Durante a festa, Gisela até tentou se aproximar da dona do look-clone para comentar a coincidência. Sem sucesso. “Ela ficou fugindo de mim e, lá pelas tantas, me olhou nos olhos e bufou forte como se me culpasse pelo problema.” A advogada Larissa Bezerra é outra que achou melhor que ela e sua sósia de armário ficassem em ambientes diferentes no evento em que se esbarraram – um casamentão para 800 convidados no Pátio do Colégio, em 2005. “Entrei no banheiro e dei de cara com uma mulher de uns 70 anos usando o mesmo longo que eu”, lembra ela, que tinha a metade dessa idade na época. “Perguntei à senhora onde ela estava sentada e evitei a área.” O vestido era da Daslu. Segundo a marca, no máximo três ou quatro cópias são feitas, por numeração, das peças mais sofisticadas. “Mas temos uma linha habillée de tiragem única”, completa a diretora de relações públicas internacionais da Daslu, Monica Mendes. De fato, a maioria das grifes controla a saída de suas criações mais caras e exclusivas, mantendo agendas dos eventos ao lado da anotação de quem comprou o que para cada ocasião. Mas nem sempre isso garante a originalidade da clientela. Da atual coleção Forum, por exemplo, um dos modelos de maior sucesso, um vestido preto de seda e paetês, não pára de ganhar cópias. “Quando houve o lançamento, há um mês e meio, vieram apenas quatro peças para a nossa loja, a 2 100 reais cada uma”, conta um dos vendedores da unidade da Oscar Freire. “Como elas saíram super-rápido, recebemos mais oito vestidos com o preço reajustado para 2900 reais.” Ou seja, para ter a certeza de ser única numa festa, o jeito é evitar as grandes grifes, encomendar roupas sob medida ou investir nas criações de pequenas butiques, cujo diferencial é justamente a produção mais artesanal e restrita. A estilista Cris Barros, por exemplo, adorada por Malu Mader, Fernanda Torres e outras celebridades, diz vender em sua loja no máximo duas peças de cada vestido de festa. O que torna ainda mais curioso que ela própria tenha enfrentado o mico de formar um par de vasos ao usar uma roupa de sua autoria. No caso, com a atriz Carolina Ferraz, há pouco mais de um ano, na estréia da peça O Rim, em que Carolina era a estrela. Sem rusgas por causa do ocorrido, Cris e a cliente foram jantar fora depois do evento – a estilista, no entanto, achou melhor passar em casa antes e trocar de roupa.

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