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Ex-secretário acha 1 000 dólares, não devolve e é detido

Rodrigo Maldonado, ex-secretário de Comunicação da Prefeitura de Sorocaba, foi detido em Campinas no último sábado (7)

Por Estadão Conteúdo, com Redação
Atualizado em 11 jan 2017, 16h19 - Publicado em 11 jan 2017, 16h15

Na manhã do último sábado (7), o ex-secretário de Comunicação da Prefeitura de Sorocaba Rodrigo Antonio Maldonado foi detido por suspeita de furto pela Polícia Civil do Aeroporto Viracopos, em Campinas. Maldonado foi liberado após pagar a fiança de 1 500 reais e responderá o processo em liberdade, mas acabou impedido de viajar para Orlando (EUA), onde passaria as férias com a família.

De acordo com imagens do circuito interno de segurança, Rodrigo estava passando pela área de check-in do aeroporto quando localizou um documento green card e um envelope com dez notas de 100 dólares. Uma família que embarcaria no mesmo voo registrou um boletim de ocorrência informando a perda destes mesmos itens.

Maldonado entregou à companhia aérea somente o documento de residência permanente. Segundo o delegado Oswaldo Diez, responsável pelo aeroporto, o ex-secretário teria ido até o banheiro, colocado as notas dentro da carteira e jogado o envelope no lixo. “Ele ficou três horas esperando o embarque, teve tempo de devolver o dinheiro”, disse.

Após a Polícia Civil ter sido notificada, Maldonado foi abordado já na sala de embarque, confirmou que estava com os 1 000 dólares e disse que pretendia devolvê-los mais tarde. A delegada assistente Delegacia de Atendimento ao Turismo, Maristela Moreschi Ribeiro Nader, entendeu que Maldonado havia praticado furto já que não se tratava de um dinheiro desconhecido, uma vez que este se localizava a cerca de vinte centímetros do green card devolvido por ele mesmo.

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O advogado do ex-secretário, Carlos Eduardo Gomes Belmello, diz que seu cliente “não cometeu qualquer ilícito, pois sua intenção era entregar o dinheiro encontrado e, pela lei, tinha até 15 dias para isso. Só não o fez antes exatamente por ter sido interpelado primeiro por policiais, aos quais entregou o valor encontrado”. Ainda segundo ele, Maldonado e a família estão sendo “extremamente” prejudicados pelo entendimento da Polícia Civil.

O advogado disse esperar que o Ministério Público decida pelo arquivamento do inquérito. Segundo ele, pessoas que estão usando redes sociais para emitir juízo a respeito do caso podem ser processadas por difamação ou calúnia. “Ele está há mais de 20 anos na vida pública, sem ter havido qualquer fato que pudesse manchar sua reputação.”

O episódio causou grande repercussão em Sorocaba, onde a família do ex-secretário é muito conhecida. Sua mãe, a pastora evangélica Neusa Maldonado, foi vereadora pelo PSDB até dezembro do ano passado, e Rodrigo ocupou também a chefia do Serviço Autônomo de Água de Esgotos (SAAE) no recente governo tucano. Em nota, ele reconheceu que tinha cometido um “erro” ao não fazer a devolução imediata do dinheiro, mas que ainda procuraria o dono.

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