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“Eu Queria Ter a Sua Vida” mistura despudor e lições de moral

Comédia com Ryan Reynolds oscila entre ousadia e caretice. Texto é dos mesmos roteiristas de "Se Beber, Não Case"

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 17h44 - Publicado em 7 out 2011, 00h50

Exceto em alguns casos, a exemplo das recentes “Eu Te Amo, Cara” e “Passe Livre”, as comédias destinadas ao público masculino têm pecado pelo moralismo. Talvez dois dos responsáveis por isso sejam os roteiristas Jon Lucas e Scott Moore. Eles escreveram a história de “Se Beber, Não Case!”, o longa-metragem que faturou quase meio bilhão de dólares no mundo, ganhou uma continuação ainda mais rentável, fez um barulho estrondoso e deu origem a muitas imitações. A dupla volta agora com outro trabalho e, novamente, comete o deslize. Dirigida por David Dobkin (de “Penetras Bons de Bico”), Eu Queria Ter a Sua Vida aponta, de início, para uma trama provocativa e despudorada. A partir da metade, entram no enredo as simplistas lições de moral e prevalece o tom conservador.

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Há, claro, hilariantes momentos, principalmente porque Jason Bateman e Ryan Reynolds são atores extremamente empenhados e, aqui, em perfeita sintonia. Bateman (um especialista do gênero em fitas como “Quero Matar Meu Chefe”) e o mais versátil Reynolds (protagonista de “Lanterna Verde”) interpretam Dave e Mitch. Amigos de infância, eles tomaram rumos distintos quando adultos. Dave, renomado advogado, se casou e teve três filhos, entre eles um inquieto casal de gêmeos. Mitch é mulherengo, faz bicos como ator e fuma maconha. Após uma noite de bebedeira, eles confessam desejar ter a vida do outro. Após um blecaute, acordam, no dia seguinte, de corpos trocados. Dave virou Mitch — e vice-versa. Sim, algo muito parecido acontece no nacional “Se Eu Fosse Você”.

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A meia hora seguinte vale o ingresso. Mitch, por exemplo, não tem o menor tato para lidar com os bebês e acaba criando deliciosas situações politicamente incorretas. Já Dave vai descobrir o tipo de “filme” do qual seu amigo participa e suas preferências sexuais. A ousadia, contudo, vai cedendo espaço para os clássicos draminhas pessoais e, no desfecho, o bom humor de antes transforma-se num ensopado de clichês e caretice.

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