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Paulo Skaf: um empresário socialista

Candidato do PSB quer reproduzir no estado sua experiência à frente da Fiesp

Por Alessandro Duarte, Mariana Barros e João Batista Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 18h35 - Publicado em 24 set 2010, 23h44

Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e empresário dos ramos têxtil e da construção civil, Paulo Skaf disputa sua primeira eleição aos 55 anos. Em 2009, ele foi seduzido pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) com a proposta de concorrer ao governo paulista. “Há anos estou chateado com a administração pública”, diz ele, que liderou protestos para a revogação da CPMF, em 2007. “Resolvi entrar na política para fazer algo diferente.”

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O industrial não vê conflitos morais por ter se filiado a uma sigla, em tese, contrária ao capitalismo. “Nada mais socialista do que um empresário moderno. Você pega a China, do Partido Comunista, e eles defendem a livre- iniciativa. Mesmo em Cuba o governo está incentivando o livre negócio.” Mas e as precárias condições de trabalho em ambos os países? “Estou falando de conceitos, não estou entrando em detalhes.”

O plano de governo de Skaf prevê acabar com a progressão continuada e implantar um ensino fundamental em tempo integral a partir de 2012. Segundo ele, para isso ocorrer seria necessário construir 40 000 salas de aula, 4 000 laboratórios de ciência e informática e 800 quadras de esportes. Tudo consumiria 9 bilhões de reais em investimentos. Outra promessa: triplicar as vagas oferecidas pelas Escolas Técnicas Estaduais (Etecs), de 150 000 para 450 000. “Ao estilo da iniciativa privada, vou controlar os gastos e fazer o máximo com o menor custo possível.”

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Por ser pouco conhecido, Skaf diz-se satisfeito por ter subido de 1% para 3% nas pesquisas realizadas pelo Ibope desde o começo do horário eleitoral, em 17 de agosto. Seu índice de rejeição é maior: 22% das pessoas não votariam nele — o ex-governador Geraldo Alckmin, por exemplo, tem 18%, de acordo com o Datafolha. Para ganhar popularidade, contratou o marqueteiro Duda Mendonça. Uma das estratégias do publicitário foi distribuir cavaletes com o rosto do neopolítico na capital e no interior. Com bom trânsito entre os empresários, Skaf afirma não trabalhar na arrecadação de doações. “De vez em quando me pedem para dar um toquezinho em fulano”, assume ele, referindo-se às solicitações do comitê financeiro.

São-paulino e apaixonado pelos seus cães labradores, Skaf mantém a forma esguia (75 quilos distribuídos em 1,83 metro) com aulas de natação. Mas confessa estar em falta com as braçadas nos últimos meses. Conseguiu, no entanto, ir recentemente ao cinema com a mulher, Luzia. Assistiram ao filme ‘Nosso Lar’, de temática espírita. “Tenho outra religião”, conta o descendente de libaneses católicos. “Mas essa obra passa uma mensagem para fazermos o bem. Gostei.”

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