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“Ele sabia que sentaria ao meu lado”, diz Jean Wyllys sobre Bolsonaro

Deputado pelo PSOL acusa a empresa aérea TAM de ter vazado a informação sobre seu assento em voo

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h36 - Publicado em 13 abr 2015, 20h19

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) disse, em entrevista ao portal iG, que o também parlamentar Jair Bolsonaro (PP-RJ) obteve informação privilegiada e já sabia que os dois sentariam juntos em um voo da TAM entre o Rio de Janeiro e Brasília. O episódio provocou polêmica na semana passada porque Wyllys se recusou a dividir o braço da poltrona com Bolsonaro, que postou um vídeo (veja acima) acusando-o de “heterofobia”.

Na entrevista, Wyllys citou diversos episódios envolvendo o parlamentar. “Eu queria rememorar as pessoas porque parece que elas sofrem de amnésia. Esse homem foi capaz de empurrar uma deputada em pleno Salão Verde e chamá-la de vagabunda na frente das câmeras. Esse senhor tem vários processos na corregedoria e no conselho de ética da Câmara. Essa pessoa disse que Fernando Henrique Cardoso merecia ter sido metralhado“, disse.

Também relembrou a fala do parlamentar sobre não estuprar a deputada Maria do Rosário porque “ela não merece” e o fato de o filho dele – o também deputado federal Eduardo Bolsonaro – ter mantido em seu site pessoal uma foto de Wyllys sob a mira de um fuzil. “Eu não estou lidando com um amador, estou lidando com um homem perigoso. Esse homem entrou no avião já me filmando, ou seja, ele sabia que sentaria ao meu lado. Sabe lá o que ele iria fazer comigo durante o voo. O que fiz foi instinto de preservação”.

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Para o deputado do PSOL, esperar que ele aceitasse sentar ao lado de Jair Bolsonaro seria o mesmo que querer que um “judeu sente ao lado de um nazista”, ou “que um negro sente ao lado de um racista contumaz que ataque a comunidade negra”. “As pessoas acham o quê? Se elas não são decentes, eu sou. Eu não sentaria, não sentei, e se não houver lugar para mudar, eu saio do avião”. 

Informação sigilosa

Wyllys disse ter acionado seu advogado para questionar se alguém da TAM teria dito a Bolsonaro que os dois sentariam juntos. “Há evidências claras de que ele obteve a informação, que deveria ser sigilosa, sobre o lugar onde eu estava sentado. Algum funcionário vazou esse dado”. 

Procurada, a TAM disse que está em contato com o cliente e apura internamente a denúncia.

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