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Doria quer transformar morador de rua em sorveteiro de parque

Projeto faz parte do programa Trabalho Novo, lançado em janeiro com o objetivo de empregar 20 000 pessoas que vivem nas ruas

Por Estadão Conteúdo
16 mar 2017, 09h38

A gestão João Doria (PSDB) quer transformar 2 000 moradores de rua da capital paulista em sorveteiros. Desenvolvido em parceria com a Unilever, dona da marca Kibon, o projeto prevê que os futuros selecionados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social atuem nos parques públicos de São Paulo como profissionais autônomos.

Segundo a responsável pela pasta, Soninha Francine, as vagas serão oferecidas pela empresa de forma gradual ao longo dos próximos quatro anos. As pessoas que forem selecionadas passarão por um processo de capacitação e treinamento para que se tornem microempreendedores individuais (MEIs) e consigam trabalhar por conta própria.

Doria anunciou a ideia durante duas palestras oficiais que ministrou a empresários da capital paulista e de Belo Horizonte. O projeto faz parte do programa Trabalho Novo, lançado pelo prefeito em janeiro com o objetivo de empregar 20 000 pessoas que vivem nas ruas da cidade.

De acordo com Soninha, o programa terá o cuidado de selecionar pessoas com perfis que se encaixem na proposta de trabalho autônomo e também de acompanhar os resultados.

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“Já temos a figura do trabalho assistido na prefeitura, na área de saúde mental, por exemplo. A Assistência (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social), ao logo do tempo, também lidou com algumas experiências”, afirma Soninha. “A diferença agora é que meu secretário adjunto (Filipe Sabará) ficará diretamente dedicado a esse projeto, sob a batuta do prefeito, que cutuca o setor privado em busca das vagas e do compromisso de que o departamento de recursos humanos das empresas esteja preparado para receber as pessoas e integrá-las aos colegas.”

Para Soninha, ofertar diferentes tipos de trabalho para os moradores de rua é importante porque há diferentes perfis nessa população. “Tem gente que se adapta à rotina de uma empresa, mas tem gente que exige uma coisa mais livre – e esse é o cara que pode ser sorveteiro. Seria muito errado então só ter a possibilidade de um emprego com carteira assinada, crachá, ponto. O legal é ter muitas e diversificadas ofertas de trabalho”, afirma a secretária.

Último balanço da pasta mostra que 150 moradores de rua tiveram a carteira assinada por meio do programa, a maior parte em empresas de limpeza. “E o que é muito legal é que algumas dessas empresas prestam serviço para o Hospital das Clínicas, local que eles gostam muito de trabalhar, se sentem privilegiados lá”, conta.

Há três anos nas ruas de São Paulo, Amaral de Souza, de 35 anos, diz estar disposto a virar sorveteiro e chegou a duvidar da proposta da prefeitura. “Será mesmo que vão oferecer isso para a gente? A gente quer trabalhar, espero que seja verdade.”

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