‘Dobrando a Carioca’ volta a São Paulo após 10 anos
Espetáculo que estreou no Rio de Janeiro em 1999 é reeditado
Três cariocas e um capixaba criado no Rio de Janeiro. Um boêmio devoto do samba, um dentista que toca violão como poucos, um maldito revelado na década de 70 e um afinado integrante de grupo vocal de repertório variado. Dez anos depois de levar à Choperia do Sesc Pompeia o espetáculo Dobrando a Carioca, Moacyr Luz, Guinga, Jards Macalé e Zé Renato finalmente conseguiram conciliar as agendas e voltam a se reunir em São Paulo. Desta vez no Teatro do Sesc Santana, que nem existia na época.
O título do show faz referência à geografia do centro do Rio. Em 1999, depois de acertar o projeto conjunto, idealizado por Luz, o pessoal foi comemorar e formatar o roteiro no tradicional Bar Luiz, situado no número 39 da Rua da Carioca. Alguém lembrou que, para chegar ao Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes, onde fariam a temporada, bastava dobrar a rua. “Apesar de parecermos diferentes à primeira vista, temos gostos e formação musical parecidos, e a carioquice em comum”, diz Zé Renato.
‘Um a Zero’, de Pixinguinha e Benedito Lacerda, abre os trabalhos. Depois, há canções como ‘Nega Dina’, de Zé Keti, ‘Vapor Barato’, de Jards Macalé e Waly Salomão, ‘Catavento e Girassol’, de Guinga e Aldir Blanc, e ‘Anjo da Velha-Guarda’, deste com Moacyr Luz. Além dos violões e das vozes, estão prometidos pandeiro, tamborim e até percussão em penico de plástico. Depois da função, deve haver boemia. “Vou sugerir que a gente se reveze entre o Genésio e o Pirajá”, fala Zé Renato.