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Barraco: dono da Joven Pan acusa ex-mulher de roubar quadros preciosos

Confira os detalhes do divórcio do empresário Tutinha Carvalho e da joalheira Flávia Eluf

Por João Batista Jr.
Atualizado em 27 dez 2016, 16h28 - Publicado em 30 jul 2016, 00h00

Ela usou longo de seda branco com babados assinado por Emanuel Ungaro. O noivo vestiu um terno escuro da Prada. Realizada em maio de 2005, a cerimônia do casamento de Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, oTutinha, sócio do Grupo Jovem Pan e criador do programa Pânico, com a advogada e joalheira Flávia Eluf ocorreu na mansão dele, na Rua Groenlândia. O evento contou com bufê de Charlô Whately e decoração de Vic Meirelles. Compareceram à festa convidados como Luciano Huck e Sabrina Sato, que dançaram nas apresentações de Gretchen e Latino.

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Mas a história não teve final feliz. Em novembro de 2015, o empresário deixou o endereço. No local, ficaram morando a ex e as duas filhas nascidas durante o matrimônio (as garotas estão hoje com 9 e 5 anos). Com o rompimento, iniciou-se uma sucessão de brigas judiciais e acusações, incluindo agressão a funcionários e traição.

O barraco ficou ainda maior na semana passada, quando Tutinha postou, em seu perfil do Facebook, que 43 quadros e esculturas haviam sumido da residência, entre exemplares de Di Cavalcanti, Amélia Toledo, Tunga, Vik Muniz e os gemeos.“Ela me roubou”, acusa ele. No fim do ano passado, conforme a sua versão, testemunhas viram um caminhão estacionar na porta do endereço. Dentro do veículo teriam sido colocados quadros e outros objetos de valor. “Ela também sumiu com uma coleção de mais de cinquenta relógios, como Rolex. Até panela de 10 reais desapareceu”, garante.

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Essas histórias começaram a ser investigadas em dezembro pela 15ª Delegacia de Polícia. Segundo pessoas que conhecem a coleção, o patrimônio, cujo paradeiro é desconhecido, soma mais de 5 milhões de reais. O caso estava sendo mantido longe dos holofotes até Tutinha resolver publicar as acusações na rede social. De acordo com ele, foi por precaução, depois que uma amiga o alertou de que a ex estaria tentando vender no mercado um Sérgio Camargo da coleção do Jardim Europa. Assim, o post no Facebook teria o objetivo de avisar galeristas e compradores sobre a procedência do acervo.

Procurada por VEJA SÃO PAULO, Flávia não quis dar entrevista. Carlos Eluf, advogado e tio dela, nega tudo e apresenta uma tese para a acusação. “Foi uma retaliação do Tutinha por não ter conseguido expulsá-la de casa com as duas filhas”, diz. Em junho, o empresário moveu uma ação de reintegração de posse para voltar a viver na residência da Groenlândia. “A casa é minha, outras ex-mulheres já moraram lá inclusive”, afirma.

Seus advogados, Rui Celso Reali Fragoso e Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, propõem que a ex deixe o endereço em troca de 15 000 reais por mês para morar em outro lugar. Flávia segue na luta para não arredar suas sapatilhas Chanel de onde está. No julgamento da liminar, no último dia 22, ela levou a melhor. Cabe recurso. Por outro lado, Tutinha venceu a batalha da pensão. Em fevereiro, reduziu o valor mensal de 150 000 para 36 000 reais mais gastos com o colégio e o plano de saúde das crianças.

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Em meio às investigações sobre o sumiço dos quadros, foi feito um arrolamento de bens. Na ocasião, oficiais de Justiça estiveram no imóvel para listar todos os pertences. “A Flávia é tão maluca que arremessou um copo e jogou chá na cara de funcionários”, diz Tutinha. “É tudo mentira”, rebate Carlos Eluf. Para o advogado, o mistério do desaparecimento das telas tem fácil explicação: elas teriam ido para o exterior. “Foram compradas sem nota fiscal e levadas para Nova York, onde ele tem um imóvel.”

Em depoimento à polícia, Flávia declarou que os despachos com lotes das preciosidades aconteceram durante o período de casamento. “Não é verdade, e minha versão pode ser comprovada por testemunhas”, garante o dono da Jovem Pan, acrescentando que “a maioria” das peças consta em sua declaração de imposto de renda. “Coleciono desde os 15 anos. Só as antigas não têm nota fiscal.”

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Flávia Eluf foi a quarta mulher de Tutinha. Ele tem três outros filhos, frutos de seu primeiro casamento, com Lucia Wurker. Dani Carvalho, a primogênita, hoje com 30 anos, detesta a ex-madrasta. Elas chegaram a ser sócias em um site de vendas de bolsas de luxo de segunda mão, o Peguei Bode (Flávia deixou o negócio há três anos). Agora, pelas costas, usam adjetivos como ladra, golpista, mimada e burra quando se referem uma à outra.

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As filas já andaram para os protagonistas do barraco matrimonial. Tutinha vive atualmente com a corretora Graziela Araujo (“Eu não namoro, eu caso”), com quem a ex diz que ele mantinha uma relação extraconjugal. Flávia engatou um namoro com o empresário Patrice de Camaret, cujo currículo amoroso inclui passagens com a atriz Mônica Martelli e a estilista Fernanda de Goye.

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Flávia e Camaret, aliás, estão de férias em Paris. O fato de Camaret ter o próprio avião alimentou nas altas rodas a fofoca de que algumas obras já estariam na Europa. “Isso é uma piada de mau gosto, ela é uma pessoa proba”, afirma Carlos Eluf. Essa briga comprova que pegar buquê pode ajudar na conquista de um marido, mas não garante a felicidade. Em meio aos 250 convidados presentes no Castelo de Chantilly, na França, foi Flávia quem ficou com as flores arremessadas por Daniella Cicarelli no casamento com Ronaldo, em fevereiro de 2005. Três meses depois, ela trocava alianças com Tutinha na presença de Cicarelli, já na condição de ex do então craque do Real Madrid.

DISCUTINDO A RELAÇÃO 

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Alguns dos bens e detalhes da disputa

10 milhões de reais é o valor estimado da residência no Jardim Europa onde morava o ex-casal

150 000 reais era a quantia da pensão alimentícia dada à ex-mulher e às duas flhas. O montante foi reduzido para 36 000

50 relógios constam como desaparecidos, muitos deles da Rolex e avaliados em mais de 50 000 reais

43 obras de arte assinadas por nomes como Di Cavalcanti e Vik Muniz sumiram da residência

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