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Com a proximidade do Dia dos Namorados cresce o número de charlatões

De olho na clientela à procura de sorte no amor, astrólogos, videntes e pais de santo abusam dos clichês para faturar

Por Por Giovana Romani e João Batista Jr.
Atualizado em 1 jun 2017, 18h44 - Publicado em 16 jun 2010, 14h53

Com a proximidade do Dia dos Namorados, um comércio para lá de alternativo ganha movimento extra na cidade. São os “consultórios” de astrólogos, tarólogos, pais de santo, “bruxos” e toda sorte de videntes. Por meio de classificados em jornais, revistas, placas que emporcalham os postes, panfletos distribuídos em avenidas movimentadas e anúncios na internet, é fácil encontrar um adivinho para chamar de seu. “É preciso ficar atento para não cair no conto do vigário”, diz o parapsicólogo Jayme Roitman, que em 2006 participou do quadro do ‘Fantástico’, da Rede Globo, chamado ‘Operação Bola de Cristal’, que desmascarava falsos esotéricos. “E isso é o que mais se vê por aí.” Foi o que a reportagem de VEJA SÃO PAULO constatou quando consultou, sem se identificar, dez desses profissionais entre segunda (31) e quarta (2). Em sete deles, além do valor da consulta, foi pedido um dinheiro extra — que variou de 500 a 3 000 reais — para um trabalho de “limpeza”. Ou seja, se os repórteres não colocassem a mão no bolso, ficariam “com a vida amorosa amarrada para sempre”. Houve quem se dispusesse a ir até um caixa eletrônico sacar a quantia na mesma hora. “Eles se aproveitam da fragilidade alheia”, afirma o psicólogo Ailton Amélio da Silva, professor da USP e especialista em relacionamentos amorosos. “Mas os resultados, se existirem, são por efeito placebo. A pessoa quer tanto acreditar que muitas vezes acaba dando certo mesmo.”

“Para fazer a limpeza e abrir os seus caminhos, você tem de me dar 680 reais. Pode ser em duas vezes ou à vista, com desconto”

Nome: Natalia – Psicoastrologia

Preço da consulta: 50 reais

Duração: 20 minutos

Onde: Brooklin

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A fachada do sobrado, localizado em uma ruela, não dá pistas de que uma astróloga atende ali. Marcada para 16h30, a consulta só começaria meia hora depois, já que Natalia ainda não havia chegado. Espera-se na sala de estar da casa onde ela vive com a família. No 1º andar, passa-se por uma cortina para chegar ao cômodo decorado com santos católicos e divindades orientais. Búzios, cartas e tarô espanhol são as especialidades — ela joga um tipo de cada vez e, invariavelmente, os resultados se assemelham. Detectou uma barreira de ordem sentimental: há três ou quatro anos, uma pessoa muito próxima teria feito um trabalho para trazer infelicidade no amor. Daí a dificuldade de arranjar e manter um relacionamento. Para solucionar o problema, ou “fazer a limpeza e abrir caminhos”, seria necessário contar com a ajuda das correntes africana, indiana e conservadora. A um custo de 680 reais, claro. O pagamento poderia ser em duas parcelas — uma antes, outra após o resultado. À vista, sairia por 600 reais. Logo na abertura da tal limpeza, que duraria três dias, seria possível saber o nome de quem desejou o mal. “Vejo vários pretendentes no seu caminho, inclusive um homem mais velho e bem-sucedido financeiramente”, ela disse. “Porém, eles só vão conseguir se aproximar quando essa barreira for eliminada.” Isso ocorreria em, no máximo, duas semanas.

“Vai se tornar um pianista famoso a partir do ano que vem”

Nome: dona Margarida

Preço da consulta: 80 reais

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Duração: 1 hora

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Onde: Aclimação 

O silêncio da sala de espera da casa simples onde atende seus clientes, a maioria com mais de 40 anos, indica o estilo comedido de dona Margarida. Sua voz baixa e segura lembra o jeito cândido das benzedeiras de cidades do interior. Quando fala de religião, suas palavras de conforto soam bastante agradáveis. Mas depois de jogar o tarô as previsões saem um tanto rocambolescas. Na primeira das duas vezes em que abriu as cartas, foi categórica em relação ao coração: “Está vazio há muito tempo”. Previu, então, uma ótima surpresa até o mês de agosto. “Ele vai bater mais forte por uma mulher loira e alta.” Indicou dois turnos de rezas diárias — manhã e noite —, com o objetivo de deixar o corpo preparado para a hora do grande encontro. “Sem paz de espírito, raramente um casal pode vingar.” No campo profissional, o baralho previu outra reviravolta. “Você vai se tornar um pianista famoso a partir do ano que vem”, sentenciou dona Margarida. Apesar de o repórter nunca ter tocado o instrumento, ela prosseguiu com a adivinhação. “Pode preparar os dedos, pois eles vão trabalhar bastante”, contou. Ainda acrescentou que o sucesso será internacional. Ao contrário da maioria dos colegas de profissão, a senhora passou toda a consulta sem mencionar macumba nem outra sorte de magia. Tampouco sugeriu serviços com o propósito de acabar com a solidão. “A verdade é a seguinte: pessoas do bem sempre encontram uma tampa para sua panela”, disse. “Não adianta pedir namorado se não tem o coração bom.”

“Nos próximos dias, um acidente de carro deixará a pessoa amada em coma”

Nome: dona Catarina

Preço da consulta: 50 reais

Duração: 20 minutos

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Onde: Santa Cecília

Uma placa indica que naquela portinha da Avenida Angélica funciona o “spa ezotérico”, assim mesmo, com “z”. Sentada no sofá, a secretária ouve música sertaneja em alto e bom som. Dona Catarina pede desculpas pelo atraso de cinco minutos e conta que a cliente anterior falara uma hora e meia em seu ouvido sem parar. Oferece três tipos de jogo: tarô da deusa do amor, búzios e cartas indianas — por essas últimas, cobra 150 reais. Ela conversa em tom grave, ritmado, de maneira impositiva. Falou ao celular duas vezes durante o atendimento e previu tragédias de naturezas variadas. Eis algumas delas: “Haverá um prejuízo muito grande com fogo em sua casa”, “Nos próximos dias, um acidente de carro deixará a pessoa amada em coma”, “Você vai atropelar duas menininhas, e isso pode acabar com a sua vida”. No lado amoroso, as perspectivas não eram melhores. Segundo dona Catarina, um trabalho havia sido feito para impedir relacionamentos sérios. Uma mulher teria virado de vez a cabeça do pretendente, que poderia ser loiro ou moreno. Por 588 reais — que ela usaria para ofertar velas e flores a orixás —, os caminhos da felicidade se abririam em 24 horas. “Precisamos começar o trabalho hoje, que é o dia da deusa do amor”, disse, na última terça-feira (1º). “Ainda dá tempo. Se você tiver fé de evitar tudo isso, vai casar-se e ter três filhos: duas meninas e um menino.”

“Mature a consciência astral, pensando dias a fio, até atingir o sonho almejado”

Nome: Newton Godoy

Preço da consulta: 80 reais

Duração: 50 minutos

Onde: Santo André 

Casa de Bruxa_2168
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Depois de o repórter esperar por vinte minutos dentro da biblioteca da Casa de Bruxa, autointitulada a primeira universidade holística do Brasil, o professor Newton Godoy o conduziu a uma sala espaçosa e cheia de referências esotéricas — como a parede pintada com a imagem de Shiva, deus hindu. “Bruxo” e tarólogo, ele também é especialista em runas — pedras cujos poderes seriam premonitórios. “Mature a consciência astral, pensando dias a fio, até atingir o sonho almejado”, disse ele, de vocabulário difícil e estilo viajandão. Para fazer fluir o campo do amor, indicou atitudes peculiares: não jogar papel na rua, ser atencioso com todos e comprar uma casa. O que tem a ver utilizar lixeiras com conquistar a pessoa amada? “Tudo, pois ajuda a trazer mais rápido quem amamos.” Conquistar o sonho da casa própria tem uma explicação de caráter, digamos, psicológico: “Propicia uma avalanche de segurança, base de um relacionamento vitorioso”. A previsão das pedras — no caso, o alfabeto nórdico talhado sobre sementes de olho-de-boi — é arrumar um relacionamento entre seis semanas e três meses. Detalhe: dentro do ambiente de trabalho. O casamento, no entanto, deve demorar um pouco mais para acontecer. Promete troca de alianças em, no máximo, seis anos. A conferir.

“Mexo com rã, galinha e bode. Faço por 350 reais se pagar à vista, mas tem de ser agora”

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Nome: Branca

Preço da consulta: 30 reais

Duração: 20 minutos

Onde: Bom Retiro

Num ambiente com carpete solto, cheiro de esfiha de carne no ar e a gritaria de três crianças, Branca dá as cartas em um quarto de seu apartamento. Abre o tarô de forma apática, tem o olhar baixo e profere um discurso que parece pronto: “A inveja é um problema do mundo de hoje”. De cara, detectou infelicidade no amor: disse que há três anos foi feito um trabalho intencionado em bloquear a área sentimental. “Está suspeito (sic) a sofrer por causa disso”, sentenciou, agora fazendo contato visual. Cobra 500 reais para livrar o destino do mau agouro alheio. Esse dinheiro seria investido na compra de “material”. O kit despacho inclui agulha, barbante e animal a ser sacrificado. “Mexo com rã, galinha e bode”, conta. A truqueira concede um desconto para forçar o pagamento. “Faço por 350 reais se pagar à vista, mas tem de ser agora.” Caso o repórter tope, garante o surgimento de um grande amor antes do dia 31 de dezembro. Àqueles que não podem dispor desse valor, sugere queimar uma vela de sete dias feita de mel e tomar banho com pétalas de rosa e espumante Chuva de Prata. “Pelo menos dá uma renovada no astral.”

“Fizeram uma macumba para você não ter paz e sossego no amor”

Nome: Susi, Astróloga do Amor

Preço da consulta: 50 reais

Duração: 20 minutos

Onde: Interlagos

No anúncio do jornal, a astróloga promete trazer o amor de volta em três dias. Já pelo telefone, quando nota certa hesitação, tenta fisgar o cliente. “Não é a primeira vez que um relacionamento seu não dá certo.” Loira, de cabelos longos e olhos claros, Susi atendeu à porta do casarão com piscina onde mora. “Você é muito, muito triste”, disparou no caminho até a sala de TV. Sobre o cantinho de uma mesa, ela jogou o tarô egípcio. Cruzar as pernas é proibido, pois atrapalha o fluxo de energia. “Meu guia espiritual me conta que você está carregada”, disse, colocando a mão na cabeça. Pediu que o baralho fosse cortado três vezes. Ao abrir as primeiras cartas, detectou que há um amor do passado, um homem mulherengo. Segundo ela, as cartas também marcavam tristeza, depressão, desânimo, aborrecimento e impossibilidade de realizar planos e desejos. Repetiu cinco vezes que estava diante de uma pessoa forte e guerreira. Porém… “Fizeram uma macumba para você não ter paz e sossego no amor”, declarou. Para tirar esses “encostos e porcarias”, nas palavras dela, seria necessário fazer sete obrigações para as entidades, os anjos e os guias de luz. Cada oferenda custaria 200 reais, mas os 1400 reais totais poderiam ser parcelados em duas vezes. “Estou aqui para te ajudar, mas não é justo colocar o dinheiro do meu bolso.” Recomendou que a oração do guia fosse feita todas as manhãs. Prazo prometido para alcançar o amor: vinte dias.

“O que eu uso não é da sua conta”

Nome: pai de santo Jerônimo

Preço da consulta: não faz consulta

Duração: 5 minutos

Onde: por telefone

Por anunciar em seu site que a amarração é definitiva, a casa de bruxaria Místicos e Bruxos conquista os clientes mais aflitos. E, a julgar pelos preços dos serviços que presta, abonados. Durante a ligação, o pai de santo apresentou-se como Jerônimo e passou sua tabela: 3 000 reais para unir duas pessoas em até 24 horas. Esse valor cai à medida que o prazo se afrouxa: 2 000 reais para cinco dias e 1 000 reais para uma semana. “É fundamental ter escolhido a companhia certa, caso contrário terá de conviver para sempre com alguém rastejando aos seus pés.” Sem dar maiores explicações, ele se limitou a dizer que a tarifa salgada se dá por causa dos materiais utilizados. “O que eu uso não é da sua conta”, disse, ríspido. “Mas garanto que não envolve animais nem a Bíblia.” Segundo Jerônimo, os trabalhos realizados em sua casa, no Alto de Pinheiros, ocorrem à meia-noite. Não é permitido presenciar a cerimônia nem ter contato pessoal com o pai de santo. Desconfiado, Jerônimo desliga na cara quando pensa tratar-se de trote. “Peso 200 quilos, tenho pressão alta, não posso me aborrecer.” Prefere receber as encomendas de clientes que ligam de telefone fixo. Para as negociações feitas por aparelho celular, exige o depósito em conta-corrente com um dia de antecedência. “Não vou resolver a vida de quem estou com um pé atrás.”

“Nosso rosto diz mais do que gostaríamos de revelar”

Nome: Madame Dolores

Preço da consulta: 107 reais

Duração: 1h30

Onde: Parque Jabaquara 

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De frente para o cliente ficam Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Buda, uma bola de cristal e alguns terços. De costas, uma réplica da Pombajira ao lado de um cinzeiro cheio de bitucas. O ambiente místico é o consultório de Madame Dolores, portuguesa que desde 1968 faz toda sorte de previsões. Suas especialidades são o tarô e a incorporação de guias espirituais. Mas ela também fala de numerologia, de búzios e de religião. Antes de abrir as cartas, porém, fez a leitura das expressões faciais. O formato do nariz e dos olhos foi avaliado. “Nosso rosto diz mais do que gostaríamos de revelar”, afirmou ela. Acertou em alguns palpites. Quando abriu as cartas de tarô, não fingiu ter resposta para todas as perguntas nem prometeu mundos e fundos. “Se veio aqui em busca de um amor, não posso garantir nada.” Embora execute magia, Dolores não a recomenda a todos. “Não preciso interferir quando o cliente está com os caminhos limpos.” Nesses casos, sugere algumas orações e o uso de patuás. Ah, claro, tenta vender um exemplar do livro de temática esotérica de autoria de seu marido. “Não brinco com o destino das pessoas.”

“Posso ir sacar o dinheiro com você”

Nome: Tábata

Preço da consulta: 50 reais

Duração: 25 minutos

Onde: Lapa

Com blusa de lã, saia jeans longa e pantufas de gatinho cor-de-rosa nos pés, uma moça bastante jovem chamada Tábata abriu o portão de sua bela casa de dois andares. É preciso passar pela garagem, onde está estacionado um carro C3, da Citroën, até chegar ao consultório. Depois de abrir as portas, ela pediu que o celular fosse desligado e o relógio, removido do pulso. “Eles emitem radiação e impedem a comunicação com minha guia”, explicou. Acomodada em uma poltrona de estofado de oncinha, ela deu início ao trabalho de “união de casais através dos anjos” — como anuncia nos cartazes que emporcalham postes da Avenida Heitor Penteado, na Zona Oeste. O nome diferentão, na verdade, significa uma técnica manjada: jogo de búzios. “Nossa”, exclamou ela, com a mão na boca, logo depois de arremessar os orixás na mesa. “Fizeram um trabalho dos feios contra você.” Executada há dois anos, a macumba teria como objetivo “trancar as portas do amor”. O trabalho de Tábata para quebrar esse feitiço seria queimar cinco velas de cera da altura do freguês. Cada uma custaria 130 reais, o que significa que o preço final não sairia por menos de 650 reais. Segurando nas mãos do cliente, ela indica um caixa eletrônico localizado dentro de um supermercado do outro lado da rua. “Posso ir sacar o dinheiro com você.” Como notou a cara de estranhamento da reportagem, ela disparou: “Minha vovozinha sopra em meu ouvido a informação de que você gasta bem mais do que isso em coisas de ordem terrena”.

“Você tem todas as chances de ser feliz, mas precisa desfazer esse trabalho”

Nome: Maicon de Xangô, do Instituto Recomeçar

Preço da consulta: 100 reais

Duração: 30 minutos

Onde: Vila Mariana

O Instituto Recomeçar funciona na sala 3 de um prédio comercial razoavelmente simples, na movimentada Rua Domingos de Morais. No momento da visita, três funcionários estavam na recepção. Primeiro, foi preciso fazer um cadastro: nome completo, endereço, telefone, data de nascimento e profissão. Os dados são impressos e entregues ao pai de santo Maicon de Xangô. Seus secretários o apresentam como paranormal. No local de espera, com pelo menos uma dezena de cadeiras, há revistas de fofocas das mais variadas. O atendimento atrasou dez minutos. Maicon de Xangô é simpático, moreno, usa aparelho nos dentes, veste roupas escuras e colares grandes. Iluminada apenas por velas, a sala é toda circundada por imagens de orixás, personagens do candomblé e garrafas de cachaça. No chão, sobre um tapete, pastéis e mais pinga serviam de oferenda ao espírito de Seu Zé Pelintra. Logo de cara, os orixás indicaram, por meio dos búzios, uma separação. O pai de santo afirmou que as coisas andavam complicadas no lado sentimental porque um despacho havia sido feito para alguém da família e, por destino, acabou pegando nesta geração. “Você tem todas as chances de ser feliz, mas precisa desfazer esse trabalho”, afirmou. O babalorixá precisaria ir naquela mesma noite ao terreiro perguntar às entidades o que exatamente estava ocorrendo, inclusive o nome do autor da macumba. Só então conseguiria marcar um retorno para cobrar o material da oferenda exigida por Exu

OS DEZ MANDAMENTOS DA ADIVINHAÇÃO

Os parapsicólogos Jayme Roitman e Marcia Cobêro explicam como agem os falsos esotéricos

1. Faça sempre um raio X da vítima. Aparência, roupas e até o carro em que chegou fornecem pistas sobre sua personalidade.

2. Pergunte quem é, o que faz, onde mora e a data de nascimento no início da consulta, além de procurar saber o que traz a pessoa ali.

3. Tente compreender os anseios do cliente. Isso permite, com o perdão do trocadilho, dar as cartas no jogo e conduzir a conversa. Se desconfia que o marido tem uma amante, por exemplo, confirme.

4. Emita apenas afirmações genéricas. Toda família tem alguém doente, uma ovelha negra, alguém endividado ou desempregado. Um novo amor, obviamente, sempre pode aparecer.

5. Deixe que as perguntas pareçam afirmações.

6. Aproveite dicas oferecidas nas respostas anteriores para formular novas previsões.

7. Preveja fatos que possibilitem diversas interpretações.

8. Transforme erros em acertos. Se ao perguntar se alguém próximo morreu recentemente a resposta for negativa, emende: “Então vai morrer em breve”.

9. Estabeleça prazos.

10. Aposte na casualidade. Acidentes, separações e mortes ocorrem a toda hora.

ENTENDA OS ORÁCULOS

Búzios: sua origem está ligada às religiões africanas. No tipo mais conhecido, o jogo de dezesseis conchas permitiria previsões.

Cartas indianas: integram os chamados “oráculos profanos”, sem raízes tradicionais.

Tarô tradicional: contém 78 lâminas (ou cartas), que tratam desde questões cotidianas até mistérios da vida. Há cerca de 2 000 variações, como o egípcio e o de Marselha.

Runas: têm origem na cultura viking. Compõem-se de 25 pedras em que há inscrições de letras nórdicas. Trazem conselhos rápidos para até noventa dias.

Fontes: Manoel Alves de Souza, presidente da Federação Brasileira de Umbanda, e Tânia Gori, reitora da Universidade Livre Holística

AS PALAVRAS QUE ELES MAIS REPETEM

Amarração: oferenda com o objetivo de unir um casal.

Candomblé: religião africana que cultua os orixás.

Exu: mensageiro entre orixás e humanos, pode ser usado para o bem e para o mal.

Orixás: seres divinizados. Cada um deles representa um elemento da natureza, caso de Iemanjá (água do mar).

Pombajira: versão feminina de Exu, ajuda a separar e formar casais.

Serviço ou trabalho: sinônimo de macumba, considerado um termo pejorativo. Consiste em fazer uma oferenda aos orixás em troca de favores positivos ou negativos.

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