Dez filmes para ver no Festival Internacional de Curtas
Produções francesas, brasileiras e portuguesas estão entre as mais aguardadas da mostra, que vai até 31 de agosto
Diante da programação do 23º Festival Internacional de Curtas-Metragens, uma pergunta parece inevitável: por onde começar? Serão exibidos a partir desta sexta (24) mais de 350 títulos no CineSesc, Cine Olido, MIS, Cinusp, Espaço Unibanco e Cinemateca.
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Essa numerosa seleção, dividida em quatro mostras com entrada grátis, inclui produções que se destacaram em festivais internacionais e receberam elogios da crítica. A seguir, oriente-se com uma lista de dez pequenos filmes que merecem grande atenção.
“Até a Vista” (18min), de Jorge Furtado
O diretor da comédia dramática “O Homem que Copiava” (2003) volta ao formato de curta duração, que o consagrou com o formidável “Ilha das Flores” (1989). Desta vez, narra a jornada de um jovem cineasta à procura de uma história para seu primeiro longa-metragem. No elenco, Dira Paes. Sexta (24), às 19h, na Cinemateca; segunda (27), às 22h, no CineSesc; quarta (29), às 15h, no Olido.
“O Duplo” (25min), de Juliana Rojas
Deixou ótima impressão em Cannes e em Gramado, onde Sabrina Greve venceu o Kikito de melhor atriz. A atriz interpreta a professora Sílvia, atormentada após ter presenciado um episódio assustador em sala de aula. A cineasta Juliana Rojas mostrou competência ao codirigir com Marco Dutra o longa-metragem “Trabalhar Cansa”. Sexta (24), às 15h, no Olido; domingo (26), às 18h, no CineSesc; terça (28), às 17h, na Cinemateca.
“Loxoro” (18min), de Claudia Llosa
No longa “A Teta Assustada” (2009), a diretora peruana retratou de forma intensa a intimidade de personagens incomuns, quase sempre à margem da sociedade. Claudia retorna a esse universo em um curta sobre a relação entre Makuti e Mia. Mãe e filha, elas são transsexuais. A fita concorreu em Berlim. Sexta (24), às 21h, no Espaço Unibanco; quarta (29), às 17h, no Olido; quinta (30), às 20h, na Cinemateca.
“A Maldição” (The Curse, 16min), de Fyzal Boulifa
Vencedora de prêmio especial no Festival de Cannes de 2012, a coprodução entre Marrocos e Reino Unido narra a história de uma mulher que, para encontrar o amante, decide se arriscar e sair da vila onde mora. Em poucos minutos, fala sobre a crise política no Oriente Médio. Sexta (24), às 16h, no CineSesc; sábado (25), às 21h, no Espaço Unibanco; quinta (29), às 21h, na Cinemateca.
“As Ondas” (22min), de Miguel Fonseca
Selecionado para a competição de Roterdã este ano, o documentário faz um registro lírico e muito pessoal a partir das paisagens da costa portuguesa. Segunda (27), às 21h, no Espaço Unibanco; terça (28), às 15h, na Cinemateca; quinta (30), às 20h, no CineSesc.
“Um Passeio Matinal” (A Morning Stroll, 6min), de Grant Orchard
A animação inglesa levou o prêmio de melhor curta no Bafta e recebeu uma indicação ao Oscar nessa mesma categoria. Em tom de comédia, a trama propõe uma questão divertida: quem é mais cosmopolita, um nova-iorquino ou a galinha que ele encontra na rua? Domingo (26), às 19h, no Espaço Unibanco; segunda (27), às 20h, no CineSesc; sexta (31), às 17h, na Cinemateca.
“Rafa” (25min), de João Salaviza
De autoria do diretor português João Salaviza, o curta conquistou o júri da edição 2012 do Festival de Berlim, onde foi consagrado com o Urso de Ouro. O roteiro conta a história de um rapaz que vai à delegacia para esperar pela saída da mãe, que foi detida pela polícia. Sábado (25), às 16h, no CineSesc; terça (28), às 17h, no Espaço Unibanco; quinta (30), às 19h, na Cinemateca.
“A Regra de Três” (La Règle de Trois, 17min), de Louis Garrel
O ator francês, filho do diretor Philippe Garrel (de “Amantes Constantes”), dirige e atua neste drama sobre uma tarde na vida de três jovens. A trilha sonora foi escrita por Alex Beaupain, autor das músicas de “Canções de Amor” e “Bem Amadas”. Sexta (24), às 15h, no Espaço Unibanco; terça (28), às 20h, no CineSesc; sexta (31), às 15h, na Cinemateca.
“Silêncio” (Sessiz – Be Deng, 14min), de L. Rezan Yesilbas
O drama turco ficou com a Palma de Ouro em Cannes na edição deste ano. Na história, que se passa em 1984, uma mulher se prepara para visitar o marido numa prisão onde não se pode falar curdo. A comunicação entre eles será, por isso, sem palavras. Segunda (27), às 16h, no CineSesc; terça (28), às 19h, na Cinemateca; quinta (30), às 19h, no Espaço Unibanco.
“Vestido de Laerte” (13min), de Claudia Priscila e Pedro Marques
Produzido por Kiko Goifman (diretor do experimental “FilmeFobia”), o documentário acompanha o cartunista, que tem por hábito usar roupas de mulheres, numa peregrinação para tirar um certificado. Sábado (25), às 17h, na Cinemateca; domingo (26), às 19h, no Olido; terça (28), às 18h, no CineSesc.