Crimes que chocaram São Paulo em 2013
Acidentes trágicos e crimes em família estão entre os principais casos que chamaram a atenção dos paulistanos
O ano de 2013 foi marcado por crimes que chocaram os paulistanos e acidentes trágicos que deixaram famílias estarrecidas. Em alguns casos, a investigação avançou e tanto a motivação do crime quanto os suspeitos foram revelados. Em outros, o mistério permanece. Confira dez casos e seus desfechos:
Em agosto, Marcelo Pesseghini executou os pais, a avó, uma tia e depois se matou dentro de casa, na Brasilândia, Zona Norte da capital. A chacina cometida por um garoto de 13 anos, seguida de suicídio, levantou suspeitas sobre a verdadeira autoria do crime. Os laudos periciais e policiais, no entanto, não deixaram dúvidas: Marcelinho, como era conhecido, assassinou a sangue frio a família e ainda foi à escola depois. Leia mais sobre o roteiro do horror na Brasilândia.
Menos de um mês após o caso Pesseghini, outro crime em família e dentro de casa aconteceu na capital. A corretora de imóveis Mary Knorr é acusada de ter matado as filhas Paola e Giovanna Knorr Victorazzo, de 13 e 14 anos. Com problemas psicológicos, ela ficou internada até ser transferida para a penitenciária de Tremembé, onde aguarda julgamento. A polícia concluiu que Mary envenenou as adolescentes e é a única culpada pelo crime. Confira a reportagem especial de VEJA SÃO PAULO sobre crimes em família.
Um assalto à casa de uma família de bolivianos em São Mateus, na Zona Leste, terminou com o assassinato brutal de Brayan Yanarico Captcha, de apenas cinco anos. O crime aconteceu em junho. Dois suspeitos cumpriam prisão preventiva quando foram mortos na penitenciária. Outros dois participantes do assalto também foram encontrados mortos.
Um dos símbolos do estilo conhecido como funk ostentação, o MC Da Leste foi assassinado em cima do palco, durante um show em Campinas, no interior de São Paulo, em julho de 2013. Daniel Pellegrine tinha apenas 20 anos. Nasceu e foi criado na Penha, Zona Leste de São Paulo, e fazia sucesso com suas músicas sobre mulheres e roupas de grife. O crime ainda não teve um desfecho: a polícia até hoje não identificou o autor do disparo no meio da multidão.
Entusiasta do Brasil, o empresário canadense Dean Tiessen esteve no país diversas vezes a trabalho e a negócios. Há menos de um mês, estava em São Paulo e, na volta de um almoço no litoral, foi morto a tiros durante um assalto na Rodovia Anchieta. Tiessen tinha planos de montar negócios aqui no Brasil. A polícia acredita que os assassinos sejam de Cubatão, na Baixada Santista, mas ainda não identificou os suspeitos.
O crime que cometeram contra David Santos Sousa não resultou em morte. Mas foi uma das maiores tragédias do ano: em uma madrugada de março, ele ia para o trabalho de bicicleta quando teve seu braço decepado por um motorista bêbado que invadiu a ciclofaixa. Além de fugir sem prestar socorro, Alex Kozloff Siwek, de 21 anos, pegou o braço de David e jogou em um córrego, eliminando por completo a possibilidade de reimplante. Ele responde em liberdade pelo crime de lesão corporal. Confira a reportagem especial sobre o acidente.
O estudante Victor Hugo Deppman, de 19 anos, foi assassinado na frente de casa durante um assalto em abril deste ano. O principal suspeito é um menor que se entregou à polícia no dia seguinte, às vésperas de completar 18 anos. O crime brutal do bairro do Belém, na Zona Leste, reacendeu o debate sobre maioridade penal no país.
Depois de uma festa, a estudante Bruna Barboza Lino, de 19 anos, foi com os amigos para uma construção abandonada ao lado da USP, onde cursava Letras, e caiu em um fosso. O traumatismo craniano causado pelo acidente foi fatal. Segundo um amigo, Bárbara procurava um banheiro quando sofreu o acidente. A polícia, no entanto, não está convencida e investiga o caso como morte suspeita.
Aos 42 anos, Chorão, cantor da banda Charlie Brown Jr. e ídolo da música pop brasileira, foi encontrado morto em seu apartamento no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste da cidade, no dia 6 de junho. O laudo da perícia concluiu que o cantor sofreu uma overdose de cocaína.
Seis meses depois da morte do parceiro de banda, o baixista Champignon, ex-Charlie Brown Jr., também foi encontrado morto no apartamento que dividia com a mulher na Vila Sônia, Zona Oeste da capital. Em entrevista à VEJASAOPAULO.COM em maio, o músico contou que sentia falta de Chorão e que o grupo não era mais o mesmo sem ele.