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Como trabalham os empresários de grandes centros culturais

Quem são e como é o trabalho dos empresários responsáveis por definir as atrações que movimentam centros culturais, cinemas, teatros e museus paulistanos

Por Dirceu Alves Jr., Jonas Lopes, Miguel Barbieri Jr. e Pedro Ivo Dubra
Atualizado em 1 jun 2017, 18h47 - Publicado em 10 dez 2009, 15h44

Exposições

Contemplar uma bela pintura na parede é apenas a última etapa do longo processo de organização de uma exposição de arte — o da recente Matisse Hoje, na Pinacoteca do Estado, por exemplo, consumiu quatro anos, do primeiro contato à abertura. “Tanto a Pinacoteca quanto a Estação Pinacoteca têm como foco de suas mostras nomes marcantes do século XX, como Alexander Calder, Henry Moore e Fernand Léger, além de arte brasileira”, afirma Marcelo Araújo, diretor do museu. Araújo recebe ideias de sete curadores contratados pela Pinacoteca, e também de artistas, famílias de pintores mortos e até empresas que querem ver seu nome patrocinando alguma ação. Depois, discute os planos com um comitê da Secretaria de Estado da Cultura. “Há ainda bancos de dados na internet nos quais museus do mundo todo buscam estabelecer intercâmbios entre si”, conta. “É mais fácil fazer circular uma exposição já montada que começar uma do zero.”

 

Cleiby Trevisan

Marcelo Araújo, diretor da Pinacoteca: “É mais fácil fazer circular uma exposição já montada que começar uma do zero”

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Teixeira Coelho, curador-chefe do Masp, defende a integração com instituições do exterior. “É importante viajar, pesquisar e conhecer coleções”, diz. Arte na França 1860-1960: o Realismo, exibida neste ano, foi composta de trabalhos de vários acervos, mas grande parte veio da Coleção Berardo, de Portugal. Sem falar da sensacional retrospectiva com as principais séries de gravuras de Goya, em 2007, oriundas da Coleção Caixanova, da Espanha. Outra boa parceria é com a Fundación Mapfre, também espanhola. “Eles nos enviaram uma mostra de fotos de Walker Evans, enquanto nós apresentamos lá peças nossas”, lembra Coelho. Sua gestão, aliás, tem se destacado pelo resgate do público. Só neste ano devem passar pelas catracas do museu projetado por Lina Bo Bardi 630 000 pessoas — o recorde dos últimos dez anos.

 

Fernando Moraes

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Teixeira Coelho, num dos corredores do Masp: público recorde

 

Fundações dedicadas a mestres do passado são boas fontes. Através de uma delas, o Instituto Tomie Ohtake apresentou uma exposição do francês Jean Dubuffet, em julho. O diretor Ricardo Ohtake lembra um caso curioso. “Há dois anos, a Fundação Albers, dedicada ao alemão Josef Albers, nos ofereceu uma mostra pronta, que vinha rodando por vários países.” Ele não se interessou, mas o papo resultou numa exposição com trabalhos considerados mais importantes de Albers, Ho – me nagem ao Quadrado. A inclinação por exposições sobre ar quitetura e design é uma particularidade do Instituto Tomie Ohtake — Ricardo é arquiteto formado pela FAU e trabalha como designer gráfico. “Já podemos considerar que são duas formas contemporâneas de arte.”

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