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Cisnes negros procriam e aumentam a população de animais do Ibirapuera

A espécie é mogâmica e o casal costuma ficar junto até um dos dois morrer

Por Filipe Vilicic
Atualizado em 5 dez 2016, 19h29 - Publicado em 18 set 2009, 20h28

Os cisnes negros que povoam o lago do Parque do Ibirapuera estão mais agitados que o normal. Afinal, é entre os meses de setembro e fevereiro que essas aves se reproduzem. Cada casal – a espécie é monogâmica e os parceiros permanecem juntos até um dos dois morrer – costuma procriar duas vezes ao ano, normalmente nesse período. Durante cinco semanas, as fêmeas chocam até oito ovos em ninhos feitos de palha e plantas. Desde o início do mês passado, nasceram 25 cisnezinhos. Outros quinze vêm por aí. De cor acinzentada, as crias nadam grudadas a seus pais, que são superprotetores. Para amedrontarem qualquer um que se aproxime, eles abrem o bico e as asas, destacando sua envergadura de cerca de 1 metro. “Não hesitam em bicar quem chega perto”, afirma a veterinária Vilma Geraldi, diretora da divisão técnica de medicina veterinária e biologia da fauna. “Por isso, deixamos as famílias separadas dos outros animais até os filhotes completarem 40 dias de vida e ficarem mais independentes.”

Sediado no parque, o departamento dirigido por Vilma conta com cinqüenta veterinários, biólogos e tratadores responsáveis por cuidar das oito espécies ornamentais que, como os cisnes negros, vivem no Pavilhão das Aves (área restrita a empregados) e no lago de 60 000 metros quadrados. Há também cisnes brancos, quatro tipos de ganso e marrecos. São cerca de 200 aves, que têm as asas cortadas e são controladas por anilha nas patas e microchip. Consomem 40 quilos de ração por dia. Ainda fica a cargo dos veterinários tratar de animais silvestres encontrados no parque pela população ou pela Guarda Civil Metropolitana. Desde sua criação, em 1992, a divisão recebeu mais de 35 000 bichos, dos quais 51% já voltaram para a natureza – os outros morreram, mudaram para zoológicos, centros de criação e outras instituições ou ficaram no Ibirapuera mesmo. No fim dos anos 90, a área chegou a abrigar uma onça, logo devolvida a seu habitat, no interior do estado.

Além dos animais que estão em cativeiro, o parque tem outros 163 tipos de bicho. Entre eles, algumas aves migratórias, como o irerê. “O Ibirapuera serve de refúgio, pois por aqui há muita água e alimento”, diz Vilma. “E não se encontram predadores.” Em uma caminhada, é possível topar com gambás, lagartos e tartarugas. A área de quase 1,6 milhão de metros quadrados do parque é um oásis para esses bichos e para os paulistanos que gostam de apreciar a natureza. “Mas a população de pássaros e outros animais seria muito maior se fossem plantadas mais árvores frutíferas”, afirma o ornitólogo Johan Dalgas Frisch. “O parque tem apenas 2% da fauna que poderia ter.”

Sustentabilidade em foco

Quem for ao Ibirapuera neste fim de semana poderá conferir o Planeta no Parque, evento dedicado à sustentabilidade promovido pela Editora Abril. Em três percursos que devem ser feitos a pé, aprendem-se lições de mobilidade, consumo, cidadania e coexistência. Há ainda oficinas e apresentações teatrais. Informações pelo site https://www.planetasustentavel.com.br.

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