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Dobra número de bicicletas em ciclovia na Paulista

Levantamento da Ciclicidade total de usuários passou de 977 em junho, quando pista foi inaugurada, para 2 112 neste mês

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h02 - Publicado em 21 set 2015, 11h28

O número de bicicletas que trafegam pela Avenida Paulista mais do que dobrou após a inauguração da ciclovia. Contagem feita neste mês pela Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo), obtida com exclusividade pela reportagem, mostra que 2 112 ciclistas pedalaram pela via, ante 977 registrados em levantamento anterior, realizado em junho, antes da abertura do equipamento pela gestão Fernando Haddad (PT).

Feita no dia 15 deste mês, a contagem mostrou que das 6h às 20h passaram pela ciclovia 150 bikes por hora – média de quase três ciclistas por minuto. O levantamento anterior foi realizado em 26 de junho, dois dias antes da inauguração.

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Para Daniel Guth, diretor da Ciclocidade, o aumento se deve tanto à estrutura quanto à mudança de comportamento de paulistanos que trocaram o transporte público e o automóvel pela bicicleta. “Tem muita gente nova começando a pedalar. Isso mostra nitidamente que a ciclovia é usada muito por quem trabalha e estuda e não está passeando e usando a bicicleta por lazer”, disse Guth.

A Ciclocidade, em parceria com a ONG Mobilidade Ativa e o Observatório das Metrópoles, pesquisou também o perfil dos ciclistas em toda a capital, com base em 1.786 questionários. A principal faixa etária vai dos 25 aos 34 anos (39%), seguida dos 35 aos 44 anos (27,1%).

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A faixa de renda predominante dos ciclistas paulistanos está entre um e dois salários mínimos (28,2%), seguida de quem ganha entre dois e três salários (18,9%). Para Guth, o dado desmistifica a imagem de que “quem pedala em São Paulo é ‘mauricinho'”. “São trabalhadores que estão mudando a forma de pensar e interagir com a cidade”, disse.

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Assim que a ciclovia da Avenida Paulista foi inaugurada, a assistente editorial Caroline Fernandes, de 28 anos, trocou as viagens de metrô entre a Estação Santa Cruz, da Linha 1-Azul, e o centro, pela bicicleta. Todos os dias, ela pedala cerca de 30 minutos para chegar ao trabalho. De Metrô, levava 40.

“O transporte público estressava demais, e eu já chegava cansada ao trabalho. De bicicleta eu vejo a rua, reparo mais no que acontece à minha volta e fico disposta o restante do dia”, afirmou Caroline. Ela disse que não pretende comprar carro. A troca dos vagões superlotados pela bicicleta aconteceu, principalmente, porque Caroline se sentiu “mais segura” para fazer o trajeto. “Tem ciclovia da minha casa até o trabalho.”

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Venda

Já o administrador de empresas Allan Podanovski, de 45 anos, pedala desde 2008. “Não foi uma escolha por lazer. É para trabalhar, sair do trânsito, parar de perder tempo em congestionamento”, disse. Entre sua casa, na Avenida Angélica, e o trabalho, no Itaim-Bibi, na Zona Sul, pedala 25 minutos.

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A mudança de postura fez Podanovski vender um veículo. “Na minha casa eram dois carros, um meu e o outro da minha mulher. Como comecei a fazer tudo de bicicleta, não fazia sentido ter dois”, disse. 

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