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Ciclistas realizam ato na Paulista em homenagem a jovem morto

Dezenas de usuários de bicicleta pediram para que a sinalização da via seja reavaliada

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 13h54 - Publicado em 27 out 2014, 22h33

Após a morte de um ciclista nesta segunda (27) na Avenida Paulista, dezenas de bikers e cicloativistas se reuniram para realizar um ato em memória do jovem Marlon Moreira de Castro. O rapaz que trabalhava como entregador para a empresa Ecolivery Courrieros foi atropelado por um ônibus, chegou a ser levado ao Hospital das Clínicas, mas acabou não resistindo aos ferimentos.

 

A passeata teve início às 20h na Praça do Ciclista, na Paulista, e seguiu até o metrô Brigadeiro, próximo de onde ocorreu o acidente. Uma das organizadoras da caminhada, Verônica Mambrini lembrou que o foco não é achar os culpados, mas sim chamar atenção para mudanças na forma como os ciclistas são tratados na via.

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“O sistema prioriza o fluxo de carros em vez do de pessoas. Esse cruzamento é o mais letal da cidade. O trecho pede urgentemente uma engenharia de tráfego pra evitar qualquer morte, seja de ciclista, pedestre ou motorista”, lembrou, afirmando que outras três pessoas já morreram em um trecho de até 650 metros do local.

Outros ciclistas participaram do ato e deram depoimentos sobre a morte de Marlon, confira:

Emerson Violin, dono da empresa Bikentrega: “A instrução aos funcionários é que a vida está em primeiro lugar e se eles tiverem medo, por alguma razão, é para desmontarem e seguirem pela calçada”.

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Laura Sobenes, pedala há cinco anos diariamente na cidade: “Além da ciclovia, o importante é discutir a redução do limite de velocidade. As pesquisas indicam que a redução da velocidade diminui os casos fatais em atropelamentos. Além disso, é preciso falar da humanização das relações pessoais, em que devemos assumir que se eu sou maior, eu cuido do menor, não importa o que, não importa se estou atrasado, se estou nervoso, etc.”.

Felipe Fernandes, organizador da pedalada: “A importância é a conscientização de todo mundo. Brigar não só pela ciclovia, mas também a redução, é um crime a velocidade máxima ser mais que 30 quilômetros por hora. Há várias pesquisas que mostram que acima de 60 quilômetros por hora, a chance de sobreviver é de 20%. Abaixo de 30 quilômetros por hora, é 75%”.

Daniel Guth, da Ciclocidade: “Aqui é uma demanda histórica e via importante porque liga a Zona Sul com centro e parte da Zona Oeste. Cerca de 1000 ciclistas passam por esse cruzamento todos os dias. O ciclista não deixará de pedalar aqui porque tem todos os aspectos importantes para o deslocamento, seja na questão topográfica ou de paisagem”.

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