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Casa Cor: preocupação ambiental

Sustentabilidade e ecologia são temas da 21a exposição de decoração realizada no Jockey

Por Juliana de Faria
Atualizado em 5 dez 2016, 19h23 - Publicado em 18 set 2009, 20h34

A sustentabilidade bateu na porta da Casa Cor. Em sua 21ª edição, a mais conhecida mostra de decoração do país, que começa na terça (29), vai discutir formas de usar materiais politicamente corretos em um condomínio de luxo montado no Jockey Club. “São Paulo está finalmente refletindo sobre a poluição”, afirma o diretor do evento, Roberto Dimbério. “Não podíamos ficar de fora.” Claro que os 67 ambientes – distribuídos em 5 150 metros quadrados e construídos por 86 arquitetos, designers de interiores e paisagistas – não vão salvar o planeta. Mas os detalhes demonstram que os profissionais estão antenados. Um exemplo é o uso da madeira. Em pisos e paredes, o material vem de reflorestamento ou é recuperado de demolição. “Essas madeiras não precisam de manutenção”, conta Dimbério. “São como calças jeans: quanto mais usadas, mais bonitas ficam.” Outra tendência que vem com força é a integração de ambientes. Para driblarem os espaços cada vez menores dos apartamentos da cidade, vários arquitetos optaram por derrubar paredes e misturar as funções dos cômodos. É o caso de Fernando Piva, Débora Aguiar e da dupla Luiz Ricardo Bick e William Simonato. Eles criaram, respectivamente, a sala de cinema, a sala multimídia e a cozinha e sala de jantar. “Para aproveitarmos a área ao máximo, não podemos nos ater à estrutura rígida das casas do passado”, acredita Piva, que colocou, na tal sala de cinema, a cozinha e um miniescritório, sem nenhuma divisão. Na sala de Débora, na qual chama atenção uma TV de retroprojeção de 100 polegadas, há biblioteca e uma pequena academia. Neste ano, a Casa Cor repete pela primeira vez seu endereço. “Aprendemos a organizá-la”, diz Dimbério. “Já extrapolamos os limites e exageramos.” A edição de 2003, realizada no Hospital Matarazzo, contou com 110 ambientes e 140 profissionais. Esse crescimento foi considerado excessivo por alguns participantes badalados, que, insatisfeitos, caíram fora do evento nos dois anos seguintes. Roberto Migotto, Sig Bergamin, Gilberto Elkis e João Armentano fizeram parte da turma dos rebelados. Com exceção de Sig, todos marcam presença agora. Outro retorno comemorado é o de Ruy Ohtake, que não dava o ar da graça na Casa Cor desde 1997. Os nomes esquisitões para os ambientes continuam em alta. Não há nenhum “gazebo balinês”, como o criado por Sig anos atrás, mas Armentano apresenta “o apartamento do marido apaixonado”; o escritório Kormann Arquitetos, “o estúdio do antropólogo”; e Marcelo Rosenbaum, “a cozinha.clube.br”. Como visitar a Casa Cor funciona mais ou menos como assistir a um desfile de moda – o que está ali não é necessariamente para ser usado, mas para indicar uma tendência –, os arquitetos viajam. Brunete Fraccaroli, responsável pelo bar do condomínio, apostou em um ambiente metade branco (“para o pessoal descontraído”), metade preto (“voltado para os mais sérios”). No fundo, há uma interessante parede de garrafas d’água. “Com a iluminação, parecem jóias”, exagera. Ela, que não foi chamada para a mostra no ano passado, fez as pazes com a organização. “Fui uma das primeiras a ser convidada e decidi topar.” Migotto, que havia deixado de participar só porque não ficou com o cobiçado living, diz que esta edição é de paz. “Já fiquei em muitos fogos cruzados”, afirma. Para celebrar a fase, pintou de branco cada detalhe de seu estúdio, até a mesa de bilhar. Batizou o espaço de “rock, love and peace”. Ao lado da sala de TV, colocou uma banheira. “É um loft nada careta, perfeito para relaxar.” Casa Cor 2007. Jockey Club. Avenida Lineu de Paula Machado, 1075, Cidade Jardim, tel: 3819-7955. Terça a domingo, 12h às 21h. R$ 30,00 (ter. a sex.) e R$ 35,00 (sáb., dom. e feriado). Estac. c/manobr. (R$ 15,00). Grátis para menores de 10 anos. Até 9 de julho. A partir de terça (29). https://www.casacor.com.br.

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