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Cartas sobre a edição 2224

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 17h55 - Publicado em 9 jul 2011, 00h50


Polícia

Minha mãe teve seu carro roubado no dia 1° deste mês, no centro de Caieiras, cidade onde moramos, por dois menores armados (“Basta de chá de cadeira”, 6 de julho). Por sorte, o veículo foi localizado num bairro da periferia de São Paulo. Como houve confronto dos menores com a polícia, minha mãe foi encaminhada à delegacia da Vila Penteado, que atende aos casos de mais quatro DPs no período noturno, horário em que os outros estão fechados. Ficou doze horas esperando para lavrar o BO em razão de o sistema da Secretaria da Segurança Pública estar inoperante. A delegacia não tinha água nem papel higiênico e, depois de tudo isso, por pouco ela não conseguiu assinar o boletim, pois não havia tinta na impressora nem caneta!

LUCIANE MEDEIROS DONÁRIO

No mês passado, fui à delegacia de Campo Belo e me senti muito mal. Queria lavrar um simples BO de perda de documento e fiquei duas horas e quarenta minutos para ser atendida, pois o responsável tinha saído para almoçar. Isso realmente precisa mudar.

PAULA NASCIMENTO

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Sugiro a integrantes de outros órgãos públicos que eles sigam o exemplo do delegado Pablo França, realizando um teste à paisana nas instituições das quais fazem parte. Por certo, passar pela mesma dificuldade de quem busca certo tipo de amparo vai trazer uma imensa contribuição para todos. Que o delegado dê continuidade a essa experiência e seja copiado por muitos.

ROBERTO OTAVIANO DE CARVALHO

Ao ler a reportagem, lembrei-me do suplício que passei no fim de 2010, quando meu carro foi abalroado na traseira por um motoqueiro enquanto eu estava parada no sinal fechado. Apesar de o estrago não ter sido grande, e de o condutor da moto ter sofrido ferimentos leves, fui à delegacia prestar depoimento e fazer o BO. Cheguei lá por volta das 19 horas e só consegui ser liberada quase à meia-noite, com funcionários mal-humorados informando que a prioridade era atender aos casos mais graves. Ou seja, bandidos, drogados e estelionatários que passaram pela delegacia enquanto eu aguardava.

EDELI CLEMENTI

É importante que o projeto seja levado adiante e a população passe a ter o mínimo de qualidade em um serviço tão essencial. Se assim for feito, essa tardia mas nobre iniciativa da Secretaria de Segurança Pública poderá se tornar um exemplo. Não deveria ser assim, mas infelizmente o brasileiro tem um serviço público de país miserável e uma carga tributária de fazer inveja a países ricos. Pior: vive sofrido, acomodado e acostumado com essa triste disparidade.

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FRANCISCO RODRIGUES LIRA


Singapura

Como os singapurianos puderam em 24 anos construir quase 130 quilômetros de rede de metrô? Enquanto a média deles é de 5,4 quilômetros por ano, a nossa é de 1,9 (“Uma cidade que anda na linha”, 6 de julho). Queria que nossos governantes seguissem esse exemplo.

MIGUEL AFFONSO GENTILE

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Quando estive naquela região, sonhei com uma São Paulo parecida com Singapura. Limpa, linda e ordeira, com seus cidadãos sendo respeitados, com segurança quase total, como em nenhum outro lugar. Quase dez anos depois, sei exatamente o que isso quer dizer: utopia.

MARIA ANGELA VALLE BURKET

Deixou-nos melancólicos o cotejo entre Singapura e São Paulo na excelente reportagem que fez as ressalvas necessárias da geografia humana e política das duas metrópoles. O lema da cidade é alentador: “Avante”, ou, na versão de Obama, “Sim, nós podemos”. Assim como eles, deveríamos tornar decentes nossos rios, ampliar o metrô, humanizar o transporte coletivo e instituir medidas que desestimulassem o uso dos automóveis.

AMADEU GARRIDO DE PAULA


Rodoanel

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Não pude deixar de observar o orçamento da obra do trecho norte do Rodoanel: 6,1 bilhões de reais por 44 quilômetros de extensão (“A dois passos do paraíso”, 6 de julho). Trecho em terra, alguns túneis… No mesmo dia, notícia na internet dava conta da inauguração na China da maior ponte sobre o mar no mundo, com 36,5 quilômetros (pelas fotos divulgadas, uma linda obra de arte), cujo custo foi de 2,3 bilhões de dólares. Custo final, observe-se. Aos meus olhos de leigo, construir no mar me parece muito mais dispendioso do que fazer uma rodovia em terra, mesmo com a necessidade de túneis. Considerando que provavelmente o valor orçado subirá no decorrer das obras, como sempre acontece, vejo que a conta não fecha. Qual é o mistério?

ARNALDO MONTAGER

O traçado do trecho norte vai causar enorme degradação na Serra e no Parque Estadual da Cantareira. Os Estudos de Impacto Ambiental (EIA/ Rima) possuem vícios e omissões muito graves, mas o governo e a Dersa não os estão levando em consideração, passando por cima de tudo e de todos. Disseram que foram estudados dezesseis traçados e que esse foi o de menor impacto ambiental, mas não apresentaram a ninguém os outros traçados estudados.

MAURÍCIO GOMES DE SOUZA

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A própria Dersa, em apresentações nas audiências públicas, afirmou que o Rodoanel é o quinto anel viário na história de São Paulo. Começou com a Rótula Central, de Prestes Maia, até chegar ao minianel viá rio, que inclui as marginais. Ou seja: é mais do mesmo remédio. Adiam-se tratamentos adequados, como o total enfrentamento da questão dos transportes públicos. Certamente os 6,1 bilhões de reais do trecho norte construiriam e/ou reformariam todos os corredores de ônibus necessários à cidade. Sem falar do dano ambiental que é levar 60 000 veículos diários a atravessar o Parque Estadual da Cantareira, parte ativa da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, decretada pela Unesco.

EDUARDO BRITTO

Se o desmatamento de 112 hectares (160 campos de futebol) para implantar o trecho norte do Rodoanel já causa desespero, que dizer, então, de Embu das Artes, onde a prefeitura está concluindo seu Plano Diretor para os próximos dez anos e encontra- se na iminência de aprovar a construção de um corredor industrial que compreende 3 milhões de metros quadrados (300 campos de futebol) em área de proteção ambiental? Um absurdo, visto que anteriormente já se havia decidido que indústrias devem se alojar ao longo da Rodovia BR-116. Ambientalistas e cidadãos estão se mobilizando fortemente para evitar esse desastre ambiental, que afetará não só Embu das Artes, mas também São Paulo, pois temos aqui o Rio Embu-Mirim, um dos principais afluentes que abastecem a Represa de Guarapiranga.

LUIZA DANTAS


Ivan Angelo

Surpreendi-me com a atualidade e a clareza de seu texto (“A hora de acabar”, 6 de julho). Certamente ajudará muitos casais que se encontram nessa situação a tomar uma decisão de separação ou descobrir uma forma de contorná-la, mantendo o respeito. Só me permito acrescentar que uma relação pode ter amor e amizade, mas a separação é inevitável quando o desequilíbrio da individualidade pende em demasia para um dos lados. De toda forma, a coragem é decisiva.

LUIZ BORGES

Economizei o custo de várias consultas com terapeutas lendo sua crônica. Você clareou a minha mente quando o coração teimava em confundi-la. Posso lhe pagar uma pizza?

IVANI CORDEIRO DE MELO

+ Ivan Angelo: crônica Antigas namoradas

Parabéns. Texto delicado, triste e bem-humorado. Tudo na medida certa. É sempre um prazer ler suas crônicas.

LUCILA KATO

Tenho aqui a minha pastinha com suas melhores crônicas. Pasta? Coisa de gente velha… Nem tanto. Tenho 36 anos. O último parágrafo do seu texto conseguiu sintetizar o que eu tento expressar há um ano. Mesmo sendo minha a iniciativa da separação, após três anos de namoro, cinco de casada e sem filhos, dói. Creio estar chegando ao fim dessa superação, mas sei que nunca mais serei a mesma, pois um pedaço de mim se foi, levando alegrias, tristezas e me deixando experiência.

LARA CRUISE


Pedestres

Como cidadão civilizado, entendo que respeito é uma via de duas mãos e que para ser respeitado preciso obrigatoriamente respeitar também (“O desafio da faixa de pedestres”, 29 de junho). A campanha atualmente veiculada não segue esse conceito básico e foca toda a “educação” nos motoristas, quando a verdade é que deveria englobar os pedestres em igual intensidade. Todo motorista é pedestre, mas nem todo pedestre é motorista, o que faz com que os pedestres se arrisquem muito mais na frente dos veículos por pura falta de compreensão e orientação. Além disso, a CET há muitos anos deixou de ser uma empresa de engenharia de tráfego e se tornou mais um órgão público, quase falido e extremamente burocrático. A falta de clareza nas sinalizações luminosas e horizontais é comum.

GEORGE NASTAS

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