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Cartas sobre a edição 2193

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 18h25 - Publicado em 3 dez 2010, 14h06

ASSUNTOS MAIS COMENTADOS

57%

Walcyr Carrasco

9%

Compras coletivas (capa)

6%

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Homofobia

5%

Hipismo (capa)

23%

Outros

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Trânsito

Moro na região da Paulista e, nesta época, subir a Alameda Ministro Rocha Azevedo se torna uma aventura (“Os cinco maiores nós de Natal”, 1º de dezembro). No ano passado, reclamei por causa das músicas insuportáveis e da falta de agentes de trânsito. Muitos

motoristas estacionam em locais proibidos ou param em fila dupla para ver a decoração. É uma falta de respeito com os moradores.

PAULA BOGAR

Vedetes

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Bons tempos os do teatro de revista, com suas espetaculares vedetes, que realmente merecem tanto o livro quanto a bela reportagem de VEJA SÃO PAULO (As rainhas do rebolado”, 1º de dezembro).

FAUSTO FERRAZ FILHO

Emílio Ribas

De nada adianta publicar um livro que ressalta um passado de glória e referência se, nos últimos anos, o que se percebe é o sucateamento da qualidade dos serviços prestados em todos os níveis (“130 anos de referência”, 1º de dezembro). acompanhei um amigo nesta semana que necessitou de atendimento no pronto-socorro. Foram duas horas e meia de espera para a triagem inicial, durante a qual foi diagnosticada uma pneumonia. A sala de espera do PS é uma improvisação e está repleta de goteiras. A demora no atendimento, mesmo com consulta marcada, é hoje uma constante. Fico triste ao ver que o hospital referência em infectologia do país se encontra em condições lamentáveis.

ANTONIO FYSKATORIS

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Walcyr Carrasco

Meu marido e eu temos a mesma árvore desde o nosso casamento, em 1963 (“Árvore de Natal”, 1º de dezembro). Neste ano, estamos em casa nova, e nossos filhos acham que deveríamos comprar uma árvore diferente, assim como fizemos com nossos móveis. Entretanto, entendemos que seria uma “traição” com a nossa tão querida árvore. Ela continua sempre linda e bem enfeitada com bolas coloridas, sinos dourados, velas, adornos… É cafona? Claro que não!

ELSA BARION SALZER LEAL

Ao ler a crônica, me emocionei e chorei. Lembrei-me de minha infância em Presidente Bernardes, no interior de São Paulo. Éramos oito filhos e muito pobres. Não tínhamos, portanto, dinheiro para comprar uma árvore de Natal. Eu e um dos meus irmãos catávamos maços de cigarro e aproveitávamos os papéis prateados de dentro das embalagens para embrulhar pedrinhas e fazer nossas bolas de Natal. Ele pegava um pedaço de bambu, furava e passava pelos buracos um arame grosso, fazendo os galhos. Pendurávamos neles as bolas e dormíamos vendo nossa árvore. Talvez meu irmão nem se lembre disso, mas eu não me esqueço. Hoje, aos 63 anos, tenho uma árvore lindíssima. Ela não tem, no entanto, o mesmo sabor daquela de bambu.

MARIA EUNICE BAPTISTA MENEZES

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Sempre me comovo com as crônicas sobre o Natal, mas, desta vez, voltei à minha infância e à emoção de montar a árvore e o laguinho de espelho do presépio, ao lado de meus irmãos e de meus pais. Como se estivesse retornando do túnel do tempo, cheguei ao momento em que meus filhos me ajudavam a decorar nossa casa, com enfeites bem coloridos e alegres. Parei o tempo ao me lembrar do primeiro Natal que passei sem meu pai. Ainda coloco as luzinhas ao redor das janelas e da porta, apesar de me falarem que não vale a pena, pelo trabalho que dá. O Natal é comemorado em minha casa, e, ao ver a alegria do meu netinho de quase 2 anos diante das luzes brilhantes, percebo que é bom fazer parte dessa turma de resistentes.

CONCEIÇÃO RUSSO

Em suas bem-humoradas crônicas, Walcyr Carrasco quase sempre nos faz lembrar de coisas que vivemos. Eu já tive essa “falta de espírito natalino” quando, tempos atrás, fazia questão do pinheiro vivo, que, depois das festas, inevitavelmente acabava no lixo. Até que certo ano, passadas todas as comemorações, a troca de presentes diante da majestosa árvore com bolas coloridas, luzes piscantes, sinos pendurados e, ao alto, uma enorme estrela prateada, amadureci (podem me chamar de cafona, também). Ao retirar os enfeites e me preparar para jogar mais um pinheiro no lixo, um sentimento de tristeza tomou conta de mim. Como jogar fora aquele que mais brilhou durante as festas? Não, não era justo. Assim, plantei-o no jardim de casa. Meses depois, olhando pela janela do quarto, vi que, por falta de cuidados, ele estava morrendo. Aí, um novo sentimento de tristeza invadiu-me a alma. Fui até ele, acariciei seus ramos um a um, dizendo-lhe quanto sua presença havia sido importante em nosso Natal. Aos poucos, meu pinheiro foi voltando à sua cor verde, e, com o tempo, agigantou-se tanto que passou a altura da casa. Depois dessa experiência, despertou em mim a consciência de quanto podemos ser cruéis e insensíveis — ainda que inconscientemente. Árvore de Natal em casa, só igual à do Walcyr, artificial.

MIRNA MACHADO

Na crônica, Walcyr Carrasco fala de brigadeiros e “língua de sogra”. Não seria “olho de sogra”, o tal docinho com ameixa? Língua de sogra é um brinquedinho de sopro.

ELIETE ROCCO

Homofobia

Gostaria de manifestar minha solidariedade ao chanceler Augustus Nicodemus, do Instituto Presbiteriano Mackenzie (“Confusão no Mackenzie”, 1º de dezembro). É importante salientar que a Constituição eleva à condição de direito fundamental a liberdade de consciência e de crença, mediante previsão no artigo 5º, inciso VI, que assim dispõe: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”. Ocorre que o Projeto de Lei nº 122/06 (Lei da Homofobia) criminaliza qualquer manifestação contrária ao homossexualismo. Ora, a “Bíblia Sagrada”, que é o fundamento das religiões mais praticadas no Brasil (catolicismo e protestantismo), faz diversas referências contrárias à prática do homossexualismo. Não significa dizer que se deva tolerar a discriminação de homossexuais, os quais, como todo ser humano, precisam ser respeitados. Porém, também não se podem cercear os direitos garantidos pela Constituição à liberdade de consciência e de culto, que, uma vez fundados na “Bíblia Sagrada”, não se coadunam com a homossexualidade. Ou será que o livro mais lido no mundo será tirado de circulação no Brasil, assim como se pretende fazer com as obras de Monteiro Lobato?

CLAUDIA RODRIGUES ALMEIDA

O direito de livre expressão invocado pelo chanceler não é absoluto — nosso ordenamento jurídico já o restringe ao proibir a manifestação racista, por exemplo. A lei contra a homofobia apenas pretende incluir outras minorias no rol da já conhecida Lei contra o Preconceito (Lei nº 7716/89), acrescentando “origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero” depois de “discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

ANDRÉ BOCUZZI

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