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A vida depois do diagnóstico de câncer

Cerca de 45.000 novos casos de câncer são registrados por ano na capital. Confira os depoimentos de seis pacientes dos principais centros oncológicos da cidade

Por Giovana Romani
Atualizado em 5 dez 2016, 10h18 - Publicado em 30 abr 2011, 00h50

É manhã de quinta-feira e a sala de quimioterapia do Hospital do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc), na Vila Mariana, está lotada. Acompanhadas das mães, as crianças tomam a medicação enquanto assistem a DVDs portáteis e jogam videogame. A cena se repete dias depois na Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca), em Itaquera. No bairro da Liberdade, centenas de homens e mulheres circulam pelos corredores do A.C. Camargo segurando seus exames a caminho da próxima consulta. Para eles, a luta pela vida faz parte da rotina.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca), ligado ao Ministério da Saúde, estima que a cidade de São Paulo registre 45.000 novos casos da doença por ano — são 136.000 no estado. Ela provocou a morte de 13.000 pessoas na capital em 2008 (estatística mais recente disponível). “A incidência vem aumentando devido ao envelhecimento da população”, afirma o secretário estadual da Saúde, Giovanni Guido Cerri. Ainda assim, os índices de cura e sobrevida estão cada vez maiores. Isso porque os avanços no diagnóstico e tratamento de tumores malignos são notáveis e, melhor, podem ser encontrados nos principais centros oncológicos da capital.

Há mais boas notícias. Inaugurado em 2008, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp), em Cerqueira César, acaba de adquirir por 1,5 milhão de reais um equipamento que une ressonância e ultrassom para localizar e destruir tumores ósseos e miomas. “Conseguimos oferecer tratamento de ponta dentro da realidade do sistema público de saúde”, diz o médico Paulo Hoff, diretor-geral do Icesp. Ele também é o responsável pela área de oncologia do Hospital Sírio-Libanês, na Bela Vista, que em duas semanas substituirá seu antigo aparelho para radioterapia por um mais moderno, o Novalis TX.

A máquina americana realiza tratamentos em menor tempo e com maior precisão na irradiação do tumor. Assim, os riscos de dano aos tecidos sadios tornam-se mínimos. Criado para fazer frente a instituições de excelência como o Sírio, o Centro de Oncologia do Hospital São José, ligado à Beneficência Portuguesa, abriu as portas há um mês com catorze leitos para quimioterapia e investimento de 3 milhões de reais. “Queremos ser referência no tratamento de câncer no país”, afirma o superintendente Júlio Braga.

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Outro projeto ambicioso é o do Graacc, que pretende erguer um complexo de 16.000 metros quadrados nos próximos cinco anos. O hospital atua em parceria com o St. Jude, em Memphis, nos Estados Unidos, centro de excelência em pesquisa de câncer infantil. “Essas instituições compartilham com nossos profissionais seus avanços em estudos de novos medicamentos e métodos laboratoriais”, conta o superintendente Sérgio Petrilli.

O investimento em pesquisa, aliás, é constante. Paciente do Hospital Albert Einstein, no Morumbi, o empresário Eduardo Marafanti convive com a leucemia há treze anos e já participou de testes de três drogas experimentais. Há um ano está em funcionamento no centro médico uma nova unidade de transplantes de medula óssea com catorze leitos. O A.C. Camargo, por sua vez, inaugurou em agosto passado seu Centro Internacional de Pesquisa e Ensino. “É animador fazer parte de um time que, em muito pouco tempo, pode encontrar a cura do câncer”, diz, com otimismo, Irlau Machado, CEO da entidade. Nas páginas a seguir, seis pessoas contam como enfrentam o difícil diagnóstico de cabeça erguida. Nessa batalha, a vida está vencendo cada vez mais.

+ Confira abaixo os depoimentos de seis pacientes dos principais centros oncológicos da cidade:

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